Noruega, Espanha e Irlanda anunciaram oficialmente o reconhecimento de um Estado Palestino independente nesta quarta-feira (22). Esta decisão representa a primeira vez, desde o início do conflito atual entre Israel e Hamas, que governos optaram por reconhecer formalmente a Palestina como um Estado. Essa ação coloca ainda mais pressão sobre Israel por parte dos países ocidentais e intensifica o debate sobre a criação de um Estado palestino independente.
Os líderes envolvidos incluem o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, o primeiro-ministro interino da Irlanda, Simon Harris, e o ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide. Eles informaram que a formalização desse reconhecimento ocorrerá na próxima terça-feira, 28 de maio.
A decisão foi tomada após a Assembleia Geral da ONU aprovar uma resolução no início do mês, que facilita o reconhecimento da Palestina como membro pleno da organização. Atualmente, a Palestina possui o status de “Estado Observador Permanente” na ONU.
Desde os ataques do Hamas em 7 de outubro e a subsequente resposta de Israel, que incluíram bombardeios e uma incursão terrestre em Gaza, a oposição dos governos de Espanha e Irlanda ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu tem sido evidente. O conflito resultou em devastação em Gaza, com sérios problemas de saneamento e uma crise humanitária crescente, conforme relatado por organismos internacionais. O número de mortos ultrapassa 35 mil, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Nos ataques do Hamas em Israel, mais de 1.200 pessoas foram mortas e centenas foram sequestradas.
Este reconhecimento conjunto por parte de Noruega, Espanha e Irlanda pode desencadear uma onda de novos reconhecimentos ao Estado palestino por outros países.