“Se petista fosse realmente aquele que valoriza o trabalho e o trabalhador, eu seria o petista número um do país.”
O senhor, durante a campanha, não se dizia político, se autointitulava empresário. Continua com essa visão? Diria que sou hoje 80% empresário e 20% político. Não dá para estar aqui e ignorar completamente a política. Hoje já me seguro muito. Sua meta continua sendo acabar o mandato com 80% de aprovação? Continua. A impopularidade é passageira. Quando a população vai entendendo os objetivos e vendo resultados das medidas tomadas, ela passa a pensar diferente. O governo não pode mudar com o vento, precisa ter convicção e persistência. Eu quero deixar meu nome na história, não desejo nada imediato. Ao assumir, o senhor declarou que o sistema da Prefeitura estava atrasado em mais de 20 anos. O que foi feito para mudar essa situação? O controle de entrada e saída de receitas acontece em tempo real como o almejava? Depois de treinamentos e cobrança dos fornecedores, hoje o sistema é utilizado na sua totalidade, facilitando os fechamentos e oportunizando que os resultados do fechamento do mês já esteja pronto nos primeiros dias do mês seguinte. Nosso programa de Business Intelligence já foi licitado e inicia em 2018, isso possibilitará o acompanhamento dos números até pelo celular. Mas nem tudo é fácil. A integração do controle ponto dos servidores com o RH, por exemplo, tinham me prometido para julho e vamos fechar o ano sem ter isso ainda. Deve ficar para fevereiro. Na campanha, o senhor apresentou 15 compromissos com a cidade. Um deles tratava de aumentar o número de vagas nos centros de educação infantil. Essa é uma grande demanda para as famílias, principalmente para as mulheres que se desdobraram para atuar no mercado de trabalho e cuidar dos filhos. No seu primeiro ano não houve muitos avanços neste setor, o que prevê para 2018? Em 2018 teremos 200 vagas novas no Ribeirão Cavalo, outras 200 novas vagas na Erica Model. Após a reforma do “abrigo da Tifa Martins”, também teremos mais 200 vagas naquela região. A reestruturação dos Centros de Educação Infantil está possibilitando o aumento de vagas. Além dessa reestruturação, após o preenchimento das vagas disponíveis, será licitada a compra de 100 vagas do setor privado, uma importante inovação. A saúde é uma das grandes preocupações. A fila para consulta nos postos cresceu e em alguns casos chega a 60 dias. O que o governo tem feito para mudar a situação? O sistema de regulação das filas na saúde foi implantado este ano e já está começando a dar efeito, com a confirmação das consultas por telefone. Estão diminuindo os números de faltas em consultas, que é de cerca de 20%. O atendimento está mais funcional. Nos últimos meses estão acontecendo alguns mutirões com o intuito de zerar a fila. E também está acontecendo um processo seletivo que vai permitir a recomposição de algumas equipes. Uma medida bastante apoiada pela comunidade foi a substituição das lombadas eletrônicas a 40 km/h por faixas elevadas. Mas depois o trânsito todo passou a ser vigiado por câmeras de monitoramento. A arrecadação com as multas aumentou? Não, as lombadas eletrônicas a 40km/h geravam um grande volume de multas. A arrecadação com multas teve uma queda bem acentuada, e mesmo assim surtiu o efeito desejado. Acreditamos que agora com a inclusão de novas câmeras e a reativação do pátio de veículos apreendidos, a arrecadação volte a se estabilizar.“Não, as lombadas eletrônicas a 40km/h geravam um grande volume de multas. A arrecadação com multas teve uma queda bem acentuada.”
Com dinheiro para obras, já são R$ 20 milhões garantidos para pavimentação pelo Badesc, 2018 deve ser um ano de máquina na rua? Há uma preocupação que a burocracia atrase esse cronograma, o que está sendo feito para evitar que isso aconteça? Estamos nos adiantando, deixando os projetos básicos prontos e montando modelos padronizados de licitações para evitar erros e retrabalhos. A revisão da planta genérica de valores dominou os debates nas últimas semanas. O senhor anunciou duas reduções na cobrança, que agora será de 80% em cima do valor real dos imóveis. Que impacto essas mudanças terão no caixa? E, aproveitando, onde estão as maiores distorções, e, por consequência, haverá os maiores aumentos? Teoricamente a redução é de 10% na arrecadação, mesmo assim, desconsiderando a inadimplência e as revisões, a previsão de incremento na arrecadação do IPTU é de cerca de R$ 10 milhões. As distorções são várias, o que buscamos é a justiça fiscal, sem enganação. Se o imóvel vale 300 mil reais, será tributado o montante a 80% deste valor. Por este motivo que diminuímos as alíquotas em mais de dois terços. Hoje existem imóveis que valem R$ 3 milhões que estão cadastrados a 160 mil na Prefeitura, imóveis de 100 mil que estão cadastrados como se valessem 7 mil. Vai pagar mais quem tem que pagar mais. Cerca de 7,5 mil imóveis terão redução do IPTU. Eu sempre me posicionei contra esse sistema tributário perverso, mas também não gosto de enganação. Tem gente com mansão no centro pagando menos que uma casinha simples nos bairros. Não pode. Tem gente com 200 imóveis na cidade, é natural que eles façam barulho. Tivemos coragem de fazer o que nenhum governo fez.“Vai pagar mais quem tem que pagar mais. Cerca de 7,5 mil imóveis terão redução do IPTU.”
Quais as metas para 2018? Vamos fazer de 2018 o ano das obras, mostrar o resultado do nosso esforço para o jaraguaense. Só da verba do Badesc, os R$ 20 milhões, vão nos possibilitar pavimentar 35 ruas, talvez a gente nem consiga fazer tudo no próximo ano, mas estamos nos esforçando para que sim. A cidade também já começa a ficar mais limpa e bonita com contrato que assinamos. A Prefeitura será pintada durante as férias. Vamos continuar trabalhando 12, 14 horas por dia para aumentar a qualidade de vida do jaraguaense. CONFIRA: 19/12: Antídio Lunelli 20/12: Luís Antônio Chiodini 21/12: Osvaldo Jurck 22/12: João Gottardi 23/12: Armindo Sesar Tassi