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Entenda porque desde terça-feira a sessão da Câmara está em obstrução

Vereadores travam verdadeiro cabo de guerra na Casa | Foto Divulgação Mauro Arthur Schlieck/CVJ

Por: Windson Prado

06/02/2019 - 21:02 - Atualizada em: 06/02/2019 - 21:42

O clima anda bastante tenso nos bastidores da (CVJ) Câmara de Vereadores de Joinville. Desde a retomada dos trabalhos, na última segunda-feira (4) os parlamentares travam um verdadeiro cabo de guerra para determinar como será a configuração das comissões legislativas da Casa. Cada partido tem direito a indicar seus parlamentares para a composição, sempre obedecendo critérios de proporcionalidades.

São nestes grupos que os projetos de lei são debatidos junto aos legisladores e à comunidade. Todos os anos é feita uma nova eleição para definir como ficam estas comissões. Até então, tudo tem sido feito na base do diálogo e uma única chapa sempre era eleita. Mas nesta segunda-feira, alguns vereadores não compareceram à reunião informal para compor a chapa única.

Naquela ocasião o presidente da CVJ, Cláudio Aragão (MDB) montou a chapa com os vereadores presentes, Richard Harrison (MDB) atual líder do governo, Nathanael Jordão (PSDB), James Schroeder (PDT), Lioilson Correa (PSC), Mauricinho Soares (MDB), Roque Mattei (MDB), Wilson Paraíba (PSB), Adilson Girardi (SD), Pelé (PR) e Rodrigo Fachini (MDB) – que foi contrário à composição. Ele deixou a reunião batendo a porta da sala ao ver que seu nome não estava cotado para nenhuma comissão na chapa governista. Ana Ritta (SD) estava em consulta médica e foi representada por sua assessora.

Os demais vereadores também discordaram da composição da futura chapa e montaram um novo bloco em oposição formado pelas seguintes legendas PR, PSB, PSC, Solidariedade e PSDB. A obstrução, prevista pelo Regimento Interno, acontece quando um grupo de parlamentares decide não participar de uma votação, retirando-se do quórum, em geral com função de protesto.

O bloco tem a maioria dos votos e derrotam o grupo do governo. Entretanto, o PR está rachado. O vereador Pelé, apoia a chapa governista, enquanto o vereador Maurício Peixer, presidente do partido, é contrário.

Nesta votação os vereadores do partido não podem ficar divididos. Peixer alega que, como presidente do PR de Joinville, pode obrigar Pelé a votar com ele. Pelé protocolou junto a mesa diretora da casa um oficio assinado pelo presidente estadual do PR, Jorginho Melo, no qual a sigla proíbe que o partido crie blocos deliberativos.

Durante toda esta quarta-feira (6) os vereadores tentavam resolver o embate, à noite os integrantes do bloco oposicionista ainda aguardavam alguém da bancada governista para negociar. Mas até as 21 horas ninguém apareceu. Sem esta definição as atividades do Legislativo de Joinville seguem suspensas.

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Windson Prado

Repórter e editor das notícias de Joinville.