A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara recebeu nesta terça-feira (11) o ministro Paulo Pimenta, em uma reunião tensa marcada após um pedido de investigação feito por ele a respeito de notícias falsas divulgadas sobre as enchentes no Rio Grande do Sul.
As informações são do portal G1.
A reunião foi marcada por embates entre governistas e a oposição e, em alguns momentos, fugiu do tema proposto. Os deputados citaram investigações da Lava Jato, Boate Kiss, rachadinhas e até envolvimento com milícias.
A primeira discussão da reunião foi provocada Paulo Bilynskyj (PL-SP), que questionou o ministro sobre se seria verdade ou não que sua esposa havia viajado com ele em um helicóptero das Forças Armadas.
Pimenta disse que sim e insinuou que o parlamentar não tem uma relação saudável com sua companheira; Bilynski passou por três cirurgias após ser baleado seis vezes em uma discussão com a namorada, Priscila Delgado de Bairros, que faleceu com um tiro no peio.
“Se minha esposa me acompanhou em um roteiro no estado? Sim, sou ministro, participo de eventos públicos e muitas vezes a minha esposa me acompanha. Não posso dizer o mesmo do senhor. Se o senhor acha que tem alguma coisa estranha nisso, inclusive tenho uma relação com ela de respeito. A minha delegação sou eu que escolho e com ela eu mantenho uma relação de respeito, sem violência, sem agressão e para mim é um orgulho ela poder andar junto comigo”, afirmou.
O deputado rebateu e disse que o ministro tem “moral de esgoto”. O parlamentar, de 33 anos, levou seis tiros após uma discussão com a namorada, Priscila Delgado de Bairros, de 27 anos. Ele sobreviveu depois de passar por três cirurgias. Já Priscila morreu com um tiro no peito. Segundo ele, sua companheira teria agido por ciúmes.
Em sua manifestação, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) citou rachadinhas e investigações criminais, insinuando a participação de Pimenta em irregularidades. O ministro respondeu e citou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que estava presente na audiência, o que provou nova discussão.
O ministro disse que pediu as investigações da PF para estancar a onda de notícias falsas sobre o Rio Grande do Sul.
“Comuniquei à autoridade para que avalie a necessidade de instauração de inquérito ou não, como gaúcho indignado. Quem não cometeu crime não tem o que temer”, afirmou o ministro.