Em entrevista ao jornal Al Ittihad, dos Emirados Árabes Unidos, o papa Francisco disse que a queima do livro sagrado muçulmano, o Alcorão, o deixou “com raiva e indignação”. Ele frisou que condena e rejeita permitir o ato como forma de liberdade de expressão.
As informações são da Reuters.
“Qualquer livro considerado sagrado deve ser respeitado para respeitar aqueles que nele acreditam”, disse o pontífice na entrevista publicada nesta segunda-feira (3). “Sinto raiva e repulsa dessas ações.”
“A liberdade de expressão nunca deve ser usada como meio para desprezar os outros, o que deve ser rejeitado e condenado.”
A declaração veio depois que um homem rasgou e queimou uma cópia do livro sacro na capital da Suécia, Estocolmo, na semana passada. O ato resultou em forte condenação de vários Estados, incluindo a Turquia, cujo apoio a Suécia precisa para entrar na aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Embora a polícia sueca tenha rejeitado vários pedidos recentes de manifestações contra o Alcorão, os tribunais anularam essas decisões, alegando que elas infringiam a liberdade de expressão.
Nesse domingo (2), um grupo islâmico de 57 Estados disse que medidas coletivas são necessárias para evitar atos de profanação do Alcorão, e que a lei internacional deve ser usada para impedir o ódio religioso.