Dos 16 deputados federais que assumem a cadeira em 2019, quatro são do Partido Social Liberal (PSL). Um deles é o jaraguaense Fábio Schiochet, que pegou embalo na ótima repercussão de Jair Bolsonaro em Santa Catarina e conseguiu 87.345 votos, o sexto mais votado.
Schiochet conquistou 30.411 votos nos municípios do Vale do Itapocu. E no restante do estado, 56.934 catarinenses votaram no candidato do PSL.
O jaraguaense tem 30 anos e é empresário do ramo de combustíveis. Filiado ao PSD de 2017 a 2018, ele começou sua vida política atuando na campanha de Jair Pedri (PSD) à Prefeitura de Jaraguá do Sul.

Foto Eduardo Montecino/OCP News
Identificado com os projetos e ideias de Bolsonaro, o jaraguaense retomou atuação política e recebeu o convite para ser candidato a deputado federal pelo Partido Social Liberal.
Qual foi sua reação com a vitória, ficou surpreso com o resultado?
Não. A gente tinha mapeado 70 mil votos, essa era a nossa expectativa. Em Jaraguá a meta era 18 mil e surpreendemos um pouquinho. Não esperava uma votação tão grande em Schoreder. A surpresa foi que em algumas cidades a gente tinha mapeado bons votos, mas conseguimos um número ainda maior. A onda Bolsonaro levou a gente a fazer mais do que esperávamos.
Aproveitando que você citou a onda Bolsonaro, qual a importância que o candidato à presidência teve para o partido?
A onda Bolsonaro nos auxiliou em uma coisa – poder entrar na casa das pessoas sem rejeição. A política está muito defasada, o pessoal não está acreditando na política, então quando você entra com o nome Bolsonaro, com o nome de renovação, você consegue conversar com as pessoas e pedir voto.
O segundo ponto foi não ter coligação com o governo do Estado. O pessoal está de saco cheio de política, de um lado tem muitos partidos e do outro também. Para você ter noção, do nosso time de federal, só temos um vereador, mas o resto é tudo time novo, a maioria não é político.
Como será sua atuação na Câmara de Deputados, qual será sua bandeira?
Nessa caminhada de oito meses, eu sempre levantei a bandeira da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu). Não é possível que em 16 anos não tivemos ninguém para representar os municípios da região, e mostramos nessa eleição que temos capacidade para isso.
A minha maior bandeira nesse momento é defender a Amvali, a nossa região, trazer recursos para cá. Eu entrei no PSL por conta do Bolsonaro e acreditando nos mesmos ideais dele. Redução da maioridade penal, revogação do estatuto do desarmamento, a defesa da família, essas são minhas bandeiras, mas a principal é defender nossa região.
A eleição nacional voltou a colocar o país com uma ideia mais conservadora. Como você vê essa mudança?
Desde 2002, o país passou por pensamentos de esquerda. A nossa região nunca foi de esquerda e agora isso pegou um corpo a nível nacional. Na minha opinião não existe extrema direita ou extrema esquerda, ou é direita ou é esquerda.
O brasileiro viu que o PT não deu certo, a gente vive hoje a pior crise da história do Brasil. Uma crise financeira, na saúde, na educação, uma crise moral, onde houve uma inversão de valores. Hoje, com essa questão da audiência de custódia, o policial virou um refém.

Foto Eduardo Montecino/OCP News
Sou franco defensor dos valores familiares, morais e éticos de uma sociedade civil organizada. Uma criança de seis anos não tem idade para aprender sobre educação sexual. Sou defensor de uma política limpa e de renovação, com valores baseados na fé e na esperança.
O brasileiro pediu, ele não quer mais caminhar por esse caminho, nós estamos vivendo um abismo moral. E com certeza o Bolsonaro vai ganhar e a gente vai mudar o rumo do país para os próximos quatro anos.
E qual sua expectativa para o segundo turno, tanto a nível nacional quanto estadual?
É bem simples, o Bolsonaro vai ganhar e o Moisés vai levar. Quem vota Bolsonaro, vai votar no Comandante Moisés aqui. Nós vamos fazer uma votação histórica no segundo turno, como foi uma votação histórica para o Fábio Schiochet, Lucas Esmeraldino e todo nosso time.
Eu tenho muita fé e tenho certeza que o Moisés vai ganhar no segundo turno. Eu acredito que o Bolsonaro venha aqui em Santa Catarina para para subir o palanque com ele.
Olha só que renovação na política, que revolução. Quatro deputados federais, três nunca foram políticos, o governador nunca foi. Não temos coligação, não devemos uma pedra para ninguém. Quem tiver junto do governo vai estar por merecimento.
O PSL é uma família, um time que não é político, indo para o lado certo, o lado da verdade. Vai por mim, PSL está em boas mãos e Santa Catarina está em boas mãos. Vai ser uma nova Santa Catarina. Este domingo entrou para a história.
Você acha que o alto número de candidatos foi prejudicial para uma eleição mais positiva para a região?
Talvez sim. O que me deixou um pouco triste foi a gente fazer só um estadual, nós tínhamos capacidade de atingir quatro deputados estaduais. Bem trabalhado poderíamos fazer três federais também. É uma pena nós temos só um estadual, muito bem representado diga-se por sinal. Vicente [Caropreso] vai ser um excelente parlamentar e com certeza vai trabalhar alinhado com a gente em 2019.
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