Eleições 2018: entrevista com Carlos Chiodini (MDB), candidato a deputado federal

Candidato Carlos Chiodini (MDB) defende a inovação e o empreendedorismo | Foto Arquivo Pessoal

Por: Elissandro Sutil

04/09/2018 - 05:09

Nesta semana, o OCP começa série especial de entrevistas com os candidatos da microrregião para a disputa à Câmara dos Deputados. Por ordem alfabética, o OCP publica hoje a primeira entrevista, com o candidato Carlos Chiodini (MDB).

Natural de Jaraguá do Sul, Carlos Chiodini, 36 anos, é empresário e graduando no curso de gestão pública da Unicesumar. Começou a carreira política em 1999, aos 17 anos, filiando-se ao então PMDB. Candidatou-se a deputado estadual em 2006, fazendo 25 mil votos e tornando-se o mais votado no Vale do Itapocu.

Assumiu pela primeira vez como deputado estadual em 2008, no lugar do titular licenciado, e em 2010 elegeu-se deputado estadual, com 40.241 votos.

Chiodini foi reeleito em 2014, com 49.233 votos, e no fim daquele ano foi convidado para assumir o cargo de secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, assumindo o comando da pasta em 2015.

Confira a entrevista:

Candidato, por que o senhor quer ser deputado federal? 

Nossa região necessita de um deputado federal. Em toda a história de Jaraguá do Sul, só tivemos um representante, o que é muito pouco, já que somos uma das principais economias de nosso Estado.

 

Precisamos de alguém que nos represente e que possa trazer os recursos que estão concentrados em Brasília, para o Vale do Itapocu, entre outras regiões catarinenses.

Percorremos todo o Estado, principalmente nos últimos três anos, como secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), e pudemos ver que existem muitas carências e desigualdades.

 

Santa Catarina está na 7ª colocação em repasses para o governo federal. Em 2017, foram mais de R$ 33 bilhões. Recebemos somente R$ 9,3 bilhões. Isso precisa mudar.

Quais são suas principais bandeiras? 

Defendo que a representatividade de Santa Catarina na Câmara dos Deputados precisa ser fortalecida. Saúde, educação, segurança e infraestrutura são áreas prioritárias, que influenciam diretamente no dia a dia dos catarinenses e, por isso, devemos batalhar para que recebam os investimentos necessários.

 

Destaco, ainda, a inovação e o empreendedorismo como bandeiras importantes. Nos últimos anos trabalhamos para criar ambientes de negócios mais favoráveis, sobretudo, pela desburocratização, por meio do projeto Bem Mais Simples.

 

Precisamos fortalecer nossa economia, atraindo empresas de alto valor agregado, valorizando o espírito empreendedor catarinense e investindo em inovação para sermos mais competitivos no cenário mundial.

 

Assim vamos gerar mais empregos e, consequentemente, mais qualidade de vida aos catarinenses.

Candidato, o que o senhor pensa sobre fundo eleitoral?

Sou contra, não utilizamos o fundo eleitoral nesta eleição e nem pretendemos utilizar.

O que o senhor pensa sobre verba de gabinete?

Os gastos devem ser alocados para o atendimento ao cidadão, afinal, o deputado é representante do povo.

Candidato, o que o senhor pensa sobre número de assessores?

Temos um limite. Atuamos com um quadro reduzido, com profissionais experientes e capacitados. Acredito ser possível fazer mais com menos.

Candidato, o que o senhor pensa sobre privatização?

É importante estudar cada caso, mas saliento que o Governo precisa otimizar sua atuação, focando em áreas em que realmente sua presença é importante.

O que o senhor pensa sobre reforma previdenciária 

Felizmente estamos vivendo mais. A expectativa de vida do brasileiro é de 75,8 anos e dos catarinenses é de 79,1 anos. Por isso, a reforma é necessária.

Candidato, o que o senhor pensa sobre descriminalização do aborto?

Sou contra o aborto e a favor do direito à vida. O argumento dos favoráveis seria o alto número de mortes em clínicas clandestinas, mas hoje há inúmeras maneiras de prevenir uma gravidez indesejada.

O que o senhor pensa sobre descriminalização da maconha?

Sou contra. As drogas alimentam o tráfico e, consequentemente, a violência. É uma ilusão achar que com a liberação o tráfico vai acabar.

Candidato, o que o senhor pensa sobre cotas?

O argumento dos favoráveis seria diminuição da desigualdade social. Sou contra qualquer tipo de preconceito e, em muitos casos, o sistema de cotas o acaba aumentando.

Candidato, o que o senhor pensa sobre aumento de salário do Judiciário?

Temos ciência e muito respeito pelo trabalho que o Judiciário vem fazendo, mas este não seria o melhor momento para o aumento.

Em quem o senhor vota para presidente?

Assim como muitos brasileiros, estamos analisando os cenários. Estamos focados na eleição em Santa Catarina.

Candidato, em quem o senhor vota para governador?

Mauro Mariani (MDB).

Candidato, em quem o senhor vota para senador?

Paulo Bauer (PSDB) e Jorginho Mello (PR).

Em quem o senhor vota para deputado estadual?

Alguém que represente nossa região e ocupe a cadeira que deixarei na Assembleia Legislativa. Que seja tão comprometido como foi o nosso mandato.

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