O plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (13), a indicação de Flávio Dino para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo federal, Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para na vaga aberta com a aposentadoria da ex-ministra Rosa Weber. Foram 47 votos favoráveis, 31 votos contrários e duas abstenções. Essa foi a última etapa antes da confirmação de Dino como novo magistrado.
Os três senadores de Santa Catarina votaram contra a indicação do ex-senador e Ministro da Justiça e Segurança Pública para o STF.
O senador Esperidião Amin (PP) já havia afirmado em entrevistas e em seu perfil no Instagram que, em seu ver, certos requisitos são “imprescindíveis” para que alguém seja juiz – como independência e imparcialidade. Na visão do senador, Dino teria “afrontado a verdade” durante a CPMI do 8 de janeiro, na questão dos alertas da Abin, na questão das imagens das câmaras do ministério e na questão da falta de atuação, dificultando as investigações. “Não é pessoal, é funcional!”, decretou.
Jorge Seif Junior (PL) fez campanha com a #DinoNão. No Instagram ele justificou: “Hoje é o dia em que saberemos se há juízo, prudência e respeito dessa Casa pela democracia e separação dos poderes”. Ele também questionou: “Qual é a garantia de que o ministro Flávio Dino, que sabe que eu sou oposição à candidatura dele, também não será um ministro perseguidor?”
Por sua vez, a emedebista Ivete Appel da Silveira também votou contra, após acompanhar atentamente todo o processo da indicação de Dino para a vaga de ministro do STF, desde o momento em que ela foi enviada pelo presidente Lula ao Senado.
“Conversei com o indicado, fui buscar informações sobre ele, bem como ouvi diversas lideranças e acompanhei a sabatina do senador e ministro Flavio Dino na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e meu voto foi não”, resumiu.
