Deputados estão preocupados com invasões do MST em Santa Catarina

Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL

Por: Pedro Leal

08/03/2023 - 08:03 - Atualizada em: 08/03/2023 - 15:44

Deputados do PL e do PP criticaram a volta das invasões pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), enquanto membros do MDB e PSD apelaram ao governo para melhorar a infraestrutura elétrica das escolas estaduais na sessão de terça-feira (7) da Assembleia Legislativa.

“(O MST) estava isolado no Nordeste, em São Paulo, mas agora já se vê no Rio Grande do Sul e tem batido à porta de Santa Catarina. Alguns estados, como São Paulo, têm montado centros de inteligência na Polícia Civil para supostos ataques terroristas”, informou Carlos Humberto (PL).

O deputado noticiou protocolo de indicação ao governo do estado sugerindo o monitoramento do MST.

“Se vierem incomodar em Santa Catarina, que sejam reprimidos com rapidez, dando um recado claro que aqui eles não terão vez”, encerrou Humberto.

Altair Silva (PP) concordou com o colega e comparou a repressão ao MST à prisão dos militantes que invadiram e depredaram partes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Vivemos em um estado democrático de direito e presume-se que os direitos são iguais para todos, se valeu para o dia 8 de janeiro, também tem de valer para as invasões do MST que seguem em escalada Brasil afora”, sentenciou Altair.

Antídio Lunelli (MDB) também repudiou as invasões.

“No governo Lula e Dilma foram três mil invasões; no governo FHC foram 2,4 mil, com fazendas queimadas, laboratórios destruídos”, pontuou Lunelli, informando em seguida que no governo Bolsonaro foram apenas 11 invasões em 2021. “Agora sentindo-se autorizados pelo governo federal, as invasões voltaram a acontecer, iniciaram com o que foi anunciado como carnaval vermelho”.

Escolas

Por outro lado, Emerson Stein (MDB) lamentou que cerca de 790 escolas, 70% do total, tenham problemas na rede elétrica, não suportando o funcionamento de ar-condicionado, projetores e lousas digitais, e sugeriu ao governo uma parceria com a Celesc para substituir as redes elétricas das escolas.

“Indicamos uma parceria entre a Celesc e a Secretaria de Estado da Educação (SED) para dar suporte à infraestrutura elétrica. É mais barato para o estado, não precisa licitar uma empresa, a Celesc pode fazer”, argumentou Stein, que reconheceu o alto custo das obras, que além da troca da rede propriamente dita, requer a construção de subestações que custam cerca de R$ 300 mil cada.

Napoleão Bernardes (PSD) acompanhou o ex-prefeito de Porto Belo.

“Uma força tarefa como a proposta de Vossa Excelência para que a qualidade da educação possa avançar”, declarou Napoleão.

Notícias no celular

Whatsapp

Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).