Integrantes do MDB, Novo e PP defenderam a reforma tributária, enquanto membro do União Brasil alertou para o aumento dos casos de dengue durante a sessão de terça-feira (21) da Assembleia Legislativa.
“De forma geral as propostas da PEC 110 e da PEC 45 são semelhantes, vêm para simplificar a vida dos brasileiros com a unificação da tributação do consumo com imposto sobre o valor adicionado (IVA), substituindo o IPI, PIS Cofins, ISS e ICMS, por um ou dois tributos”, avaliou Lunelli (MDB), referindo-se aos projetos de emendas constitucionais que tramitam na Câmara dos Deputados.
Segundo o parlamentar, a cobrança do IVA será automática, diminuindo a sonegação, a inadimplência e a informalidade.
“Vai facilitar a vida das empresas, fazendo com que as informações da nota fiscal se tornem mais simples”, argumentou Lunelli, acrescentando que “um estado industrial como Santa Catarina tem muito a ganhar” com a reforma.
Matheus Cadorin (Novo) e Altair Silva (PP) também defenderam a oportunidade da reforma tributária.
“Sou totalmente a favor, a reforma vem para simplificar a vida do empreendedor, desconstruindo um labirinto de estruturas que o empresário precisa enfrentar no Brasil”, afirmou Cadorin.
“O momento é da reforma tributária, ou se faz este ano ou o tempo passa. Temos de criar um movimento estimulando o Congresso a fazer a reforma. Os países mais desenvolvidos têm o imposto IVA, até no Paraguai tem o IVA, mas precisa desonerar a folha para gerar mais empregos. A reforma tributária não tem bandeira política, é uma bandeira de todos os brasileiros”, argumentou Altair.
Já o deputado Sérgio Guimarães (União) alertou para o crescimento dos casos de dengue e pediu à população que faça sua parte.
“Está um caos na saúde da Grande Florianópolis, quatro postos de Palhoça estão abertos até as 21 e 22 horas para tentar dar uma desafogada nos hospitais. Devemos meter o nariz no terreno do vizinho, trabalhar juntos e unidos porque a dengue está matando”.
Em Palhoça, de acordo com Guimarães, há mais de mil casos da doença, sendo que 30% dos pacientes contaminados residem nos bairros Brejaru e Frei Damião.
“Que os deputados usem as redes para conscientizar as pessoas, é importante as pessoas fazerem a sua parte”, insistiu Guimarães.
Pacto federativo
Sargento Lima (PL) voltou a cobrar dos deputados federais a revisão do pacto federativo. Lima utilizou o exemplo do Rio Grande do Norte, que, segundo o representante de Joinville, recebe 200% dos recursos que envia para a União na forma de impostos, enquanto que para Santa Catarina retorna apenas 20% daquilo que é enviado para Brasília.
“Quando os deputados federais ouvem falar em pacto federativo têm diarreia, vômito, paralisia facial e correm do Plenário”, ironizou Lima.
Maçã chinesa
Napoleão Bernardes (PSD) repercutiu a moção que apresentou apelando aos ministérios das Relações Exteriores e Agricultura para impedir a entrada da maçã chinesa no Brasil.
“A abertura para China vai trazer prejuízo na renda, social e sanitário, porque é a única região do mundo sem a traça da maçã, uma das piores pragas da fruticultura. A região de Santa Catarina é isenta de cerca de 40 doenças, dentre elas a mais grave de todas, a traça”, ponderou Napoleão.
Não à reciprocidade
Napoleão também divulgou moção pedindo ao Ministério das Relações Exteriores para que não retorne com a política de reciprocidade, exigindo novamente o visto de cidadãos dos EUA, Austrália, Japão e Canadá que desejem visitar o Brasil.
Matheus Cadorin apoiou Napoleão.
“Precisa incentivar e o que a gente faz? Dificulta a entrada do turista, mas o dinheiro do turismo é limpo, vem de fora, vem para somar”, garantiu Cadorin.