O empresário jaraguaense Décio da Silva é um dos 92 novos membros empossados ontem no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o chamado “Conselhão”. Nomeados pela presidente Dilma Rousseff (PT) durante plenária no Palácio do Planalto, Silva é um dos nomes com a missão de auxiliar o governo federal a encontrar alternativas para o Brasil retomar o crescimento econômico.
A reativação do conselho é uma manobra para engajar nomes de peso na economia brasileira em torno de uma agenda positiva, diante do agravo da crise financeira. Responsável pela abertura do encontro, o ministro-chefe da Casa Civil, Jacques Wagner, pontuou que o momento representa a “união da sociedade em torno um objetivo comum: o crescimento e prosperidade do país”.
Dilma Rousseff defendeu em discurso a volta da CPFM, a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e a necessidade de ajustar a Previdência como medidas necessárias para recuperar o caixa do governo, mas abriu portas para novas propostas. “Preciso do conselho, preciso das ideias e propostas desse conselho. Preciso de tudo isso que pode sair desse fórum para atingir o que é prioridade no meu governo: voltar a crescer”, disse.
Políticas de financiamento e renda, de tecnologia, de valorização de conquistas sociais foram alguns dos temas levantados por alguns dos conselheiros eleitos para usar a palavra durante a primeira reunião. Também foi apontada a necessidade da despolitização de temas que envolvem economia para que haja avanço no desenvolvimento.
O grupo tem caráter consultivo e é composto por 47 empresários, 20 representantes de centrais sindicais e 25 da sociedade civil. Essa foi a primeira reunião depois de um ano e meio de paralisação, período em que o conselho foi praticamente desativado. Para reavivar o debate, segundo o governo, houve renovação de 70% dos integrantes.
O objetivo anunciado pelo Palácio do Planalto é que pelo menos quatro grupos temáticos sejam criados pelos conselheiros para discutir assuntos específicos.
O que é o Conselhão?
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social foi criado em 2003 pela Lei nº 10.683 com o objetivo de assessorar a presidência da República na formulação de políticas e diretrizes específicas, e apreciar propostas de políticas públicas, de reformas estruturais e de desenvolvimento econômico e social que lhe sejam submetidas, com vistas na articulação das relações de governo com representantes da sociedade.