O Governador Carlos Moisés será investigado pela CPI dos Respiradores. A informação é do deputado Ivan Naatz, relator da comissão que investiga na Assembleia Legislativa o processo de compra de 200 respiradores pelo governo do estado, pagos antecipadamente por R$ 33 milhões mas que até agora não estão à disposição para o uso nas UTI no combate ao coronavírus.
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Naatz chamou a atenção para o processo 36.251/20, no Sistema de Gestão de Processos Eletrônicos do governo do Estado, ao qual sua assessoria teve acesso no dia anterior.
“É o termo de intenções entre o Estado e a Intelbras para a importação emergencial de respiradores no dia 24 de março. Portanto, dois dias antes da abertura da licitação objeto dessa investigação. Estão lá a assinatura do governador Moisés e do então secretário Helton, para comprar 100 respiradores, dois dias antes do pagamento antecipado para a Veigamed”, citou o deputado Ivan Naatz (PL).
“Outro caminho”
Naatz declarou ainda que na Comunicação 1001/2020, de 28 de março, assinada pelo então secretário-adjunto de Saúde, André Motta Ribeiro, e pela servidora Márcia Regina Pauli, está a informação de que os 100 respiradores custariam R$ 7 milhões e 26 mil.
“Mas o governo pagou R$ 33 milhões. Tudo isso teve participação direta do governador do Estado. Optaram por comprar da Veigamed, pelo dobro do preço”, criticou Ivan Naatz.
Essa descoberta, na opinião de Naatz, coloca a CPI em “outro caminho”. “Esses documentos comprovam o que eu falei. Todos sabiam que em Santa Catarina tinha empresas com expertise para fazer a importação e trazer os equipamentos bem mais barato, como a Intelbras, que faria sem pedir lucro algum”, comentou Hobus.
Para a próxima terça-feira (26), estão previstos os ex-secretários, de Saúde, Helton Zeferino e da Casa Civil, Douglas Borba; e ex-superintendente de gestão administrativa da SES, Márcia Regina Geremias Pauli.
Já nas próximas reuniões, devem depor o secretário da SES, André Motta Ribeiro; e o CEO da Exxomed Equipamentos, Onofre Joaquim Rodrigues Neto.
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