Na reta final para as eleições municipais de 2020, as prioridades e demandas para Jaraguá do Sul viram tema. Questionados pela reportagem, Acijs (Associação Empresarial de Jaraguá do Sul) e Ujam (União Jaraguaense das Associações de Moradores) elencaram a manutenção do diálogo com a população como a principal expectativa em relação ao próximo eleito.
O presidente da Acijs e do Centro Empresarial, Luis Hufenüssler Leigue, se utiliza de um conceito comum à classe produtiva para justificar essa necessidade.
“Em qualquer organização, um pilar essencial para o sucesso do empreendimento, é ouvir o cliente. Na gestão pública, isso é ainda mais essencial e verdadeiro, porque cabe ao poder público a função de servir à comunidade, atendendo a população nas suas necessidades”, pontua.
O mesmo ponto é colocado no topo da lista de demandas pelo presidente da Ujam, Valmir Cristovão. “São 38 bairros. A Prefeitura precisa continuar recebendo as reivindicações de cada bairros, que têm seus pedidos”, comenta.
Olhar para todos os bairros
Cristovão avalia que manter os canais de comunicação abertos entre Executivo e associações é importante para a construção de políticas públicas abrangentes, com um olhar para todos os bairros.
Segundo ele, é a população que sabe dos problemas enfrentados no dia a dia em cada região.
De forma abrangente, na área de saúde ele acredita que será preciso olhar para as consultas de especialidades; na educação, a ampliação de turnos em creches e no ensino integral aparecem como demandas.
Na infraestrutura, o contato com a população é enfatizado por perceber que a manutenção dos bairros é algo constante e que precisa da contribuição de quem percebe no dia a dia as necessidades.
Demandas no desenvolvimento
A Acijs encaminhou um documento com prioridades às três chapas que concorrem na eleição majoritária deste ano.
A entidade aponta desenvolvimento com sustentabilidade, ênfase à inovação, infraestrutura e mobilidade como demandas, mas também considera questões em diversas áreas, além de ressaltar a necessidade de uma gestão pública que priorize a eficiência e a correta aplicação de recursos.
Na educação, a classe empresarial sugere a necessidade de um olhar mais sistêmico desde o ensino infantil até o superior e nos níveis de especialização, pensando nas ofertas de oportunidades para a melhor qualificação das pessoas e até na retenção de talentos.
Outro aspecto que necessita da atenção do poder público está identificado nas preocupações da entidade com o que considera valoração na qualidade de vida, neste caso englobando as questões de saúde e a segurança social.
“Essa não é uma discussão que remete somente para a renda, mas que vislumbre perspectivas para minimizar vulnerabilidades ainda presentes na comunidade”, diz o presidente.
Outra demanda apontada foi na segurança que segundo a percepção da entidade ainda carece de atenção em pontos específicos, como nos casos de violência doméstica, nas agressões a mulheres e a pessoas incapazes.
A infraestrutura é outro elo considerado estratégico para o desenvolvimento harmônico do município. Embora reconheça que as últimas gestões avançaram neste aspecto, o radar da entidade empresarial aponta que o município deva se inserir de maneira insistente no conceito de cidades inteligentes com uso de tecnologias sustentáveis seja no monitoramento na segurança pública e no trânsito, mas também na modernização da mobilidade urbana, com o uso de energias renováveis incorporadas à matriz viária.
Também é preocupação da entidade empresarial, apontada no documento entregue aos candidatos, os investimentos em abastecimento, no saneamento e na destinação e tratamento de resíduos, incluindo a possibilidade de tornar o lixo uma alternativa de geração de recursos por meio de investimentos em usina própria ou em parceria público-privada.
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