Um dos principais alvos de críticas – inclusive de aliados – do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o setor de comunicação deve passar por uma reorganização nas próximas semanas. O pedido partiu do próprio petista, durante reunião ministerial realizada na última quinta-feira (15).
Durante o encontro, Lula disse que pretende favorecer a comunicação por meio dos rádios, e cobrou um alinhamneto de todas seus ministérios com a Secretaria de Comunicação, evitando assim informações desalinhadas.
Os podcasts realizados com o presidente até então não atingiram os resultados esperados, e apresentaram baixos índices de audiência, com pico de 7 mil acessos simultâneos no canal do YouTube. Apesar disso, a audicência não é considerada prioriedade pela Secretaria de Comunicação.
Mesmo assim, a pasta pretende liberar o sinal das lives para todas as rádios que mostrarem interesse em retransmiti-la. Além disso, a secretaria deve investir nos “cortes” dos melhores momentos do programa, buscando assim ampliar a repercussão nas redes sociais.
Crítica de aliados
A Secretaria de Comunicação foi criticada inclusive por aliados de Lula. Segundo a Gazeta do Povo, o deputado André Janones (Avante-MG), um dos principais nomes da campanha petista nas eleições, disse que “parte da dificuldade de negociação que o governo tem enfrentado no Congresso está relacionado à comunicação”, e que o governo não consegue pautar as discussões nas redes sociais.
Além disso, o atual secretário de Comunicação, Paulo Pimenta, foi muito criticado internamento por anunciar o corte do patrocínio do Banco do Brasil à Agrishow, maior feira agrícola da América Latina – o que não aconteceu. De acordo com integrantes do Planalto, o ministro anunciou a suposta retirada do patrocínio da instituição sem um alinhamento prévio com as demais pastas.
