Após dois mandatos bem sucedidos como deputado estadual, o emedebista Carlos Chiodini tem motivos para comemorar: com 97.613 votos, o político jaraguaense foi eleito à Câmara dos Deputados, transitando para o legislativo federal como o sexto candidato mais votado em Santa Catarina.
Qual será sua principal bandeira?
Cobrar do próximo presidente do Brasil ação e respeito por Santa Catarina. Santa Catarina é o sétimo estado que mais envia recurso para Brasília, porém é o 24º no retorno. E eu não vejo os presidenciáveis fazer este discurso de pactuar mais recursos para o nosso .
Temos aí questões há anos paradas, a mais emblemática para a nossa região é a BR-280, mas em Santa Catarina isso aí se multiplica. É a BR-470, 282, questões de infraestrutura diversas, atenção aos municípios.
Eu quero estar em Brasília para duas coisas, o trabalho de representação da população de Santa Catarina e em especial da região Norte e do Vale do Itapocu e também não poderia deixar de fazer um trabalho legislativo das grandes causas nacionais e dos desafios que o país vai viver nesses próximos anos.
Qual sua visão sobre as reformas e como deve se posicionar?
São necessárias, o Brasil precisa passar por algumas reformas, como a previdência, a reforma tributária. Acho que precisa aprofundar a reforma política.
Eu sou favorável às reformas, porém elas não foram enviadas ainda, tem que ler os textos e ver como elas serão encaminhadas.
E depois de encaminhar nós faremos isso, minha posição é de que é necessário fazer as reformas para que o país volte a crescer.
Como você vê a redução da bancada do seu partido em SC e no país?
O desgaste do governo Temer, o qual o partido em Santa Catarina se posicionou contra, mas ainda assim foi “contaminado”. Então acabou diminuindo a bancada do MDB e o congresso ficou mais fragmentado.
No congresso de hoje a multiplicidade de partidos ficou explícita. Então acredito que vai ser um congresso que vai exigir mais diálogo, com todas as ideologias representadas, vai ser um mandato bem diferente.
Como você avalia o atual momento político do país?
Eu creio o sentimento de mudança que levou o Jair Bolsonaro à liderança absoluta deve levar ele à vitória. A história mostra que sempre quem termina o primeiro turno em primeiro tem uma tendência enorme a vencer.
Ele transmite um sentimento de ruptura que a sociedade brasileira precisa e espera, então meu palpite é que ele seja vitorioso. O Brasil está muito divido entre esquerda e direita, e a gente tem que olhar para frente.
Precisamos de um novo governo que una o país, que imprima uma pauta positiva de crescimento econômico, geração de emprego e renda, com honestidade, e espero que isso aconteça por meio do novo governo eleito no segundo turno.
Como você irá se posicionar no segundo turno estadual e nacional?
Vai ter reunião do partido essa semana para tomar essa decisão quanto a quem apoiar tanto para presidente quanto para governador, mas a tendência é para apoiarmos o PSL.
Muito se falava em uma renovação política o que, em partes, aconteceu. Como avalia essa “renovação”?
Acho positiva. Essa é a essência da democracia. A sociedade vota e temos que respeitar a decisão das urnas. Conseguimos nos manter como um partido tradicional em um momento político difícil.
Foi um grande desafio, fui o sexto candidato mais votado de Santa Catarina, mas essa renovação é válida e traduz o sentimento da população que pede mudança.
Qual a sua avaliação do resultado eleitoral da região?
Na região teve uma presença muito forte e marcante da onda Bolsonaro. Nossa região sempre representou uma vanguarda de mudança, mas bem reacionária contra isso.
Então acabou elegendo outro deputado federal, o que é bom para a cidade, com isso temos de fato representação. Agora temos que mergulhar nesse assunto da BR-280 e unir forças.
Eu acredito que a região acabou ganhando muito com isso, mesmo que tenha diminuído sua presença no legislativo estadual.
Você acha que o alto número de candidatos foi prejudicial para a região?
Tivemos muitos candidatos no estado todo, esse é um juízo matemático que eu não posso fazer, mas é uma questão aritmética. É óbvio que se tivéssemos menos candidatos no estado poderíamos ter mais eleitos aqui.
Como você avalia sua campanha e o resultado final?
Foi uma campanha vencedora, sem um real de dinheiro público, sem fundo partidário, apoiada aí por pessoas físicas, por amigos, apoiadores. Entre os 16 eu fui o sexto candidato mais votado no estado em um partido que sofre uma crise de imagem.
Em que pese o MDB fez um bom trabalho em Santa Catarina, fez boas administrações municipais, mas o momento nacional pesou contra o MDB. Venci a eleição na minha primeira candidatura ao Congresso Nacional, então só tenho que agradecer.
O que o MDB pretende fazer para recompor sua imagem?
O recado das urnas foi dado. O Ulysses Guimarães tem uma frase que é ou a gente muda ou é mudado. O recado ficou muito explícito, então temos que tratar esse assunto com a devida seriedade.
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