Câmara lota para explanação sobre inclusão de Campo Alegre na Região Metropolitana

Por: Gabriel Junior

28/03/2018 - 09:03 - Atualizada em: 28/03/2018 - 10:17

A explicação realizada pelo deputado estadual Darci de Matos, quanto a inclusão de Campo Alegre na Região Metropolitana de Joinville (RMJ) lotou a Câmara de Vereadores na noite de segunda-feira (26). Durante a explanação Darci respondeu a vários questionamentos da população e expôs seu ponto de vista sobre as vantagens que a iniciativa pode resultar para a economia campo-alegrense.

O deputado explicou que no mês anterior, o até então governador Raimundo Colombo (PSD), agora licenciado do cargo, encaminhou para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), um Projeto de Lei que inclui na área de expansão da referida área as cidades de Campo Alegre, Itapoá, Garuva, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul.

Anteriormente a RMJ seria composta somente com Araquari. A inclusão de Campo Alegre na área de expansão, é conforme Darci uma alternativa visada por urbanistas que desenvolveram um estudo da iniciativa. A ideia é discutir junto dos prefeitos, vereadores e o setor produtivo em cada uma das cidades que irão integrar a RMJ, todos os benefícios que o projeto pode possibilitar. A sugestão do deputado à Campo Alegre é que a cidade acompanhe o projeto analisando tudo o que ele pode trazer de bom para a cidade.

“Minha ideia é que Campo Alegre analise tudo o que as outras cidades terão de benefício ao integrar a RMJ, para depois, dentro de seis meses ou mais, esta cidade passar a fazer parte. Os benefícios são vários e essa responsabilidade tem que ser compartilhada com o prefeito, vereadores e a comunidade”, ressaltou.

Benefícios

Campo Alegre apresenta atualmente áreas de mananciais extremamente importantes para o abastecimento de Joinville, isso é conforme Darci, um dos motivos que resultou na intenção de incluir a cidade junto a RMJ. “Através disso, poderíamos, por exemplo, desenvolver políticas públicas para preservação desses mananciais, que é algo muito oneroso para os cofres públicos”, afirmou.

Outra questão importante na visão de Darci, é a realização de um Plano de Desenvolvimento Regional que pode trazer vários benefícios para Campo Alegre, principalmente na área de turismo. “Fora isso, temos Planos Regionais de Mobilidade Urbana que podem contemplar as cidades integrantes da RMJ, além de recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida, via Governo Federal, além de outros vários benefícios como o transporte coletivo integrado”, acrescentou.

Na saúde o deputado comentou que alguns convênios com o Hospital São José, de Joinville, podem ser firmados com o Governo do Estado e até com a União para compensação de consultas e procedimentos médicos para população campo-alegrense. Além disso, Darci também citou outros benefícios que podem contemplar o setor agrícola. “A agricultura e o turismo podem se tornar dois setores integrados. O que traria uma série de benefícios para Campo Alegre”, elencou.

Tecnologia

Darci também abordou em sua explanação assuntos ligados a tecnologia. Em sua concepção é importante que as cidades estejam preparadas para integrar o uso da tecnologia nas políticas públicas. “Quantas câmeras de monitoramento podemos ter em Campo Alegre se integrarmos todos os equipamentos das empresas e comércio, com o sistema da Polícia Militar?”, exemplificou. Neste contexto, Matos reforçou que a integração de Campo Alegre junto a RMJ, pode contribuir com a elaboração desta, além de outras ações que visam o desenvolvimento da cidade.

Outras questões

O deputado explicou também, que a criação da RMJ é a segunda ação desta natureza a se realizar no Estado. A primeira Região Metropolitana foi a de Florianópolis. Respondendo questionamentos do vereador Tancredo Ronska (PP), Darci ainda explicou que a estrutura que irá gerenciar a RMJ será uma superintendência composta por conselhos compostos pelos prefeitos, núcleos regionais e diretoria.  “A composição necessitará de três cargos – Superintendente, diretor financeiro e diretor técnico – indicados pelos prefeitos, pelos conselheiros e pelo setor produtivo. Serão cargos técnicos. Infelizmente a questão administrativa tem um custo, mas não será grande considerado todos os resultados que serão alcançados”, salientou.

Com informações da Câmara de Vereadores

 

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Gabriel Junior

Repórter de segurança pública e editor de conteúdos gerais