Com 550 Projetos de Lei apresentados e analisados neste ano, a Câmara de Vereadores de Joinville superou em 81,3% o número de textos analisados no ano anterior (303). Nas indicações houve uma queda: em 2017, foram mais de 5 mil, mas em 2016, ano de eleições, chegaram a 12.840
Entre os projetos que despertaram a atenção da comunidade, segundo o presidente da Câmara, Fernando Krelling (PMDB), está a redução do ISS para feiras e eventos no município. “Isso faz com que possamos fomentar a economia, aumentando o número de pessoas visitando a cidade de Joinville”, diz Krelling.
Outro projeto destacado por ele é o de mobilidade urbana. “Há duas semanas estamos com nossos semáforos desligados na madrugada, proporcionando mais segurança e mobilidade em nossa cidade, que tem aproximadamente 600 mil habitantes”, afirma o presidente da Câmara. Confira o vídeo:
Cobranças e fiscalização
“Com relação às mais de 5 mil indicações, agora temos de cobrar do Executivo e também fiscalizar para que elas sejam feitas”, comenta Krelling. Ele também se orgulha das 40 audiências públicas realizadas neste ano. “Foi uma aproximação muito bacana com a comunidade. Ao invés de ela vir até nós, nós fomos até ela”. A participação da população dos bairros foi muito significativa, festeja.
Krelling lembra que o primeiro ano de mandato foi cheio de obstáculos devido à crise econômica e, principalmente, à crise política, que reflete diretamente nos Estados e nos municípios. “A gente até brinca que o vereador é o para-choque da insatisfação da população, é o primeiro a quem a comunidade tem acesso, mas ultrapassamos esses obstáculos. Foi muito positivo aqui na Câmara”, garante.
Foco para 2018: redução de gastos
Em 2018, o princípio de economicidade será mantido. “Fizemos uma redução de gastos significativos, com devolução para o Executivo municipal de mais de 10 milhões de reais. Todos os vereadores uniram forças, e somente com o corte dos carros alugados a gente vai economizar quase 800 mil reais em quatro anos”, diz o presidente, satisfeito.
O foco principal para 2018 continuará sendo a redução de gastos. “Comparando com 2015, tivemos uma baixa nas diárias de quase 300%, tanto dos servidores como dos vereadores”, destaca Krelling, que cita também as readequações em todos os contratos, o que reduziu em R$ 600 mil os custos com os terceirizados.
“Estamos economizando até mesmo em cursos para os servidores. Antes eles tinham de gastar com diárias viajando para outras cidades em busca de informações, agora esses cursos estão vindo para dentro da Câmara”, explica.
Recursos do Senado
A Câmara também conseguiu com o Senado dois recursos gratuitos pelo sistema Interlegis. Um deles é o Portal Modelo, novo site da Câmara que será implantado em 2018. “Se fôssemos comprar gastaríamos em torno de uns R$ 300 mil”, compara Krelling.
O outro é para o Sistema de Processo Legislativo, que também precisa de melhorias. “Esses dois recursos, ao longo dos próximos anos, chegariam perto de R$ 2 milhões se fizéssemos pelo sistema privado”, acrescenta o presidente. O Interlegis desenvolveu e mantém o Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL), sem custos financeiros para a Câmara.
Fernando Krelling pretende, ainda, investir em placas fotovoltaicas, para deixar a câmara autossustentável. “Este é um projeto futuro para melhorar a economia da casa”, informa.
Candidatura a deputado
Questionado sobre seu futuro político, Fernando Krelling afirma não saber ainda se vai ser candidato a deputado. “De verdade. Até mesmo minha mulher e meu filho me questionam e eu não sei o que responder”, fala, sorridente.
Como fez 10.523 votos para vereador, sendo o mais novo na Câmara na atual gestão e também o mais votado na história de Joinville, Krelling não quer errar. E vai deixar para decidir em fevereiro ou março.
“Vai depender também de quem venha a ser candidato a governador. Fui eleito para vereador, por isso tenho medo. As pessoas confiaram o seu voto em mim, mas também tem o outro lado: como deputado posso ajudar bem mais a comunidade, já que temos recursos para isso”, afirma.
Realizações
Mesmo com a burocracia e a demora do Executivo para a execução de projetos, Krelling garante que tudo o que almejou como vereador tem realizado. “Como presidente tenho duas funções: a legislativa, que é a de vereador, e a de execução, que é gerir a casa”, explica. Lembra que também tem visitado os prontoatendimentos durante a madrugada.
Ambição
Ao ser questionado sobre a possibilidade de concorrer à Prefeitura de Joinville, Fernando Krelling não esconde a ambição. “Tenho este sonho de ser prefeito um dia, a gente tem de ter ambição, mas não ganância”, finaliza.