A Câmara Municipal de Jaraguá do Sul bateu o recorde histórico de moções aprovadas em um único ano. Até 15 de setembro de 2025, já haviam sido apresentadas 150 moções, superando os números de anos anteriores, como 124 em 2023 e 112 em 2024. Se a média mensal continuar, o Legislativo pode encerrar o ano com mais de 200 moções. Desde 2016, o número de moções vem aumentando progressivamente — naquele ano, foram apenas 11.
Entre as 150 moções de 2025, 117 foram de apelo, instrumento usado para solicitar providências a órgãos públicos em nome da população. Embora não tenham força de lei, essas moções dão visibilidade a demandas como criação de UBSs, novos leitos hospitalares, pavimentação de ruas e melhoria na distribuição de medicamentos. A maioria foi endereçada a instâncias municipais (99), seguidas por estaduais (15) e federais (2).
As áreas mais abordadas nas moções de apelo foram infraestrutura e mobilidade urbana (26), saúde (23), educação (20) e assistência social e inclusão (18). Também houve 6 moções sobre segurança pública, incluindo pedidos de reforço à Guarda Municipal e ações no trânsito.
Outras 26 moções foram de aplauso, homenageando empresas, entidades sociais, religiosas e culturais, esportistas e forças de segurança. Entre os reconhecidos estão a Trapp, Menegotti, Rádio 105 FM, a equipe sub-17 da AJAB, o historiador Ademir Pfiffer, e a Polícia Militar. Também foram registradas 7 moções de apoio a causas e projetos de interesse público.
A palavra “moção” vem do latim motio, significando movimento. No parlamento britânico, a prática se consolidou como forma de colocar temas em pauta. No Brasil, as moções são comuns nos regimentos internos das casas legislativas e, mesmo sem força normativa, expressam posicionamentos políticos e servem para homenagens, apelos, solidariedade ou repúdio. Pela agilidade e abrangência, tornaram-se ferramentas estratégicas de representação e diálogo entre Legislativo e sociedade.