Numa sessão marcada pela tensão e troca de ofensas e acusações, o vereador Maikon Costa (PL) foi cassado por 17 votos a 4, nesta segunda-feira (4), no plenário da Câmara de Vereadores de Florianópolis. Maikon foi denunciado por seu suplente, vereador suplente Sargento Mattos (PL), que ocupou uma cadeira no Legislativo entre os dias 1 e 30 de setembro de 2023.
Maicon Costa não pôde participar da votação por questões regimenatiais. Os vereadores Cíntia Mendonça, Afrânio Boppré e Tânia Ramos (todos do PSOL) e Manu Vieira (Novo) votaram pela manutenção do mandato. Renato Geske (PSDB) se absteve. Os demais votaram pela cassação.
Na denúncia, Mattos alegou uma infração ética-disciplinar onde diz que teve seu mandato cerceado, não podendo exercer seu papel como parlamentar de forma ideal.
Durante o período como interino, Mattos se desentendeu com Costa, inclusive quase chegando a vias de fato. Ambos precisaram ser contidos por funcionários.
O caso ocorreu em outubro de 2023 dentro da Câmara de Vereadores de Florianópolis. Segundo informações do Boletim de Ocorrência, Maikon Costa estaria agressivo e teria tentado agredir o Sargento.
Em sua defesa, Maikon diz que sua cassação se deve ao papel combativo que teve no Legislativo, sempre criticando a atuação do prefeito Topázio Neto. “A minha cassação é porque eu não me calo, não me rendo. Eu já cumpri meu papel em Florianópolis. Auxiliei em vários processos fiscalizatórios, combati diversos atos de corrupção em Florianópolis. Sei que minha cassação, no fundo, é por isso”.
Antes de ir a plenário, a denúncia passou pelo Conselho de Ética, que na segunda-feira (26) aprovou parecer pela cassação do mandato. No conselho, os vereadores Maryanne Mattos (PL), Gabrielzinho (Podemos) e o relator Diácono Ricardo (PSD) decidiram pela cassação. Manu Vieira (Novo) se absteve.