A ex-presidente da República Dilma Rousseff tomou posse como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como “banco dos Brics”, nesta quinta-feira (13). O presidente Lula também participou da cerimônia de posse, feita em Xangai, na China.
As informações são do portal G1.
Ela segue na direção do órgão até julho de 2025. O banco dos Brics é responsável pelo financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável dos países que fazem parte da instituição.
O banco é formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Depois, passaram a integrar a instituição Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.
Durante o discurso de posse, Dilma disse que se sentia orgulhosa de ter tido a oportunidade de sediar em Fortaleza a cúpula que deu origem ao banco dos Brics, em 2014.
A nova presidente também reforçou a importância do papel do banco como financiador de projetos de desenvolvimento sustentável.
“Assumir a presidência do NBD é, sem dúvida, uma grande oportunidade de fazer mais para os países dos Brics, mas não somente para os seus membros, mas também para os países emergentes e em desenvolvimento”, afirmou.
Dilma disse que o banco captará recursos no mercado mundial, em diferentes moedas. A instituição buscará ainda financiar projetos com moedas locais, para privilegiar os mercados domésticos e evitar prejuízos com variações cambiais.
Para presidir o banco, Dilma se mudou para Xangai.
Discurso de Lula
Lula também discursou durante a cerimônia de posse. O presidente parabenizou Dilma por ter sido escolhida para o cargo e relembrou a trajetória da petista, frisando que o banco dos Brics se impõe diante dos impactos negativos causados pelas mudanças climáticas, pandemia e conflitos armados.
“No Brasil, os recursos do Novo Banco financiam projetos de infraestrutura, programas de apoio à renda, mobilidade sustentável, adaptação à mudança climática, saneamento básico e energias renováveis”, afirmou.
Lula disse ainda que o banco dos Brics mostra importante por ser uma instituição de alcance global sem a presença de países desenvolvidos. O presidente citou as cobranças e regras do Fundo Monetário Internacional (FMI).