A operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta (18), pela Polícia Federal, foi motivada pela atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, de acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes.
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O despacho que determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de medidas cautelares contra o ex-presidente foi tornado público no meio da manhã.
“O foi instaurado a pedido da Procuradoria Geral da República para apurar a conduta delitiva do Deputado Federal licenciado, Eduardo Nantes Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, escreveu Moraes na decisão.
A operação cumpriu mandados de busca e apreensão e determinou medidas cautelares contra o ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição do uso de redes sociais, contato com diplomatas estrangeiros, se aproximar de embaixadas, e outras pessoas investigadas – o parlamentar cita ele mesmo e o irmão, Carlos.
“A conduta do réu Jair Messias Bolsonaro, em tese, caracterizadora dos crimes de de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e atentado à soberania é tão grave e despudorada que na data de hoje (17/7/2025), em entrevista coletiva, sem qualquer respeito à Soberania Nacional do Povo brasileiro, à Constituição Federal e à independência do Poder Judiciário, expressamente, confessou sua consciente e voluntária atuação criminosa na extorsão que se pretende contra a Justiça brasileira, condicionando o fim da ‘taxação/sanção’ à sua própria anistia”, seguiu Moraes.
* Com informações da Gazeta do Povo.