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Até senador aliado critica indicação de Gleisi para ser ministra de Lula

Senador Omar Aziz (PSD-AM), que faz parte da base governista | Foto: Agência Senado

Por: OCPNews Brasilia

30/01/2025 - 09:01 - Atualizada em: 30/01/2025 - 09:37

A possibilidade da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), assumir a Secretaria-Geral da Presidência na reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está planejando fazer a partir da próxima semana recebeu crítica do senador Omar Aziz (PSD-AM), que faz parte da base governista, criticou. As informações são da Gazeta do Povo.

“Não será boa para o presidente Lula. Eu adoro a Gleisi, a Gleisi é minha amiga, não tenho nada contra ela, mas ela é militante”, disse Aziz em entrevista ao UOL nesta quarta (29).

A expectativa é de que Gleisi assuma o cargo hoje ocupado por Márcio Macêdo, um dos cargos mais próximos a Lula e que tem relação direta com os movimentos sociais – muitos deles vêm criticando o governo nos últimos tempos, como o MST. Aziz, no entanto, vê nisso a possibilidade de se abrir uma nova crise interna no governo.

“Gleisi faz críticas ao Haddad. Como é que você vai botar uma ministra que faz crítica a outro ministro? Me explica aí isso. Como é que você faz isso, hein? Eu queria entender o raciocínio”, emendou o senador.

A deputada já teve, pelo menos, duas conversas com Lula nas últimas semanas para assumir o cargo. Se confirmado, ela deixa a presidência do PT pouco antes da eleição interna que deve eleger o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT-SP), como novo mandatário.

O PL está apoiando Motta e Alcolumbre nas eleições para a presidência da Câmara e do Senado. Você acha que essa é uma boa estratégia?

Sim, a direita não teria condições de fazer um presidente de seu próprio grupo politico e, apoiando os nomes do Centrão, terá melhores oportunidades de negociação nas duas Casas.

Não, ambos já se mostraram contra as principais pautas da direita e não devem pautar impeachment de ministros do STF.

A saída de Gleisi também diminui o racha que o PT vive, com uma ala mais tradicionalista às raízes do partido e outra que prega um diálogo mais aberto e progressista, conforme disseram aliados.

Além de Aziz, Lula também tem sido alvo de críticas de outros membros do PSD. No mesmo dia, o presidente do partido, Gilberto Kassab, disparou principalmente contra o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, chamando-o de “fraco”, e apontando que o PT não conseguiria ganhar a eleição presidencial hoje.

“O PT não estaria na condição de favorito, mas na condição de derrotado. Não vejo uma articulação para reverter essa tendência de piora no cenário. Não vejo nenhuma marca boa, como teve FHC e o Lula nos primeiros mandatos”, disparou.

Aliados afirmam que o PSD está insatisfeito com o redesenho da Esplanada que vem sendo planejado por Lula. O partido tem três ministérios, mas deseja mais espaço principalmente após as eleições municipais do ano passado em que conquistou a maior quantidade de prefeituras – 887 no total.

E isso afeta diretamente a base para a campanha à reeleição de Lula no ano que vem. No começo do mês, durante a primeira reunião ministerial do ano, o presidente sinalizou que iria conversar com cada ministro para negociar o apoio em 2025.

* Com informações da Gazeta do Povo.

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