Arthur Lira dá recado ao Governo: “O orçamento é de todos, não só do Executivo”

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Por: OCP News Florianópolis

05/02/2024 - 21:02 - Atualizada em: 05/02/2024 - 21:08

O Congresso Nacional deu inicío às atividades legislativas nesta segundo-feira (05) em meio a tensões como os poderes Executivo e Judiciário. Os vetos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a projetos aprovados pelo Congresso, tais como o marco temporal para demarcação de terras indígenas e a desoneração da folha de pagamento de 17 setores, estão entre os motivos para os atritos entre os poderes.

Além disso, os parlamentares de oposição têm feito críticas recorrentes à atuação do Judiciário e às intromissões no trabalho do Congresso. E isso o descontentamento do Congresso se agravou com as recentes operações da Polícia Federal – autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – contra os deputados federais Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara, e Alexandre Ramagem.

Em seu discurso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que o orçamento não é de autoria exclusiva do Executivo.

“O orçamento é de todos e de todas os brasileiros e brasileiras. Não é e não pode ser de autoria exclusiva do Executivo e muito menos de uma burocracia técnica que, apesar do seu preparo, que não foi eleita para escolher as prioridades da nação e não gasta a sola do sapato percorrendo os municipais brasileiros como nos parlamentares senadores e deputados”, disse ele.

Lira também afirmou que a desoneração não pode retroceder sem ampla discussão.

“Não aprovaremos retrocesso de qualquer natureza, o Brasil pede para seguir em frente”, disse Lira no discurso.

Ele afirmou ainda que “errará quem apostar na omissão desta Casa em razão de uma suposta disputa política entre a Câmara e o Executivo”.

“Não subestimem essa mesa diretora, não subestimem os membros do parlamento dessa legislatura”, disse em um discurso forte que arrancou aplausos dos parlamentares.

 

* Com informações da Gazata do Povo

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