A Rússia afirmou nesta quarta-feira (28) que adotará ações “técnico-militares” juntamente à outras medidas para “se proteger” da adesão da Suécia à Otan.
O país não afirmou que medidas seriam estas, e destacou que considera a adesão da Suécia ao bloco uma medida “agressiva” e um “erro”.
O parlamento da Hungria aprovou a adesão da Suécia à Otan nesta segunda-feira (26), marcando a última barreira a ser superada pelo país, tradicionalmente neutro.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, não se seurpreendeu com os comentários da Rússia.
“Isso foi o que eles disseram quando a Finlândia aderiu à Otan, também”, declarou Kristersson, segundo a agência de notícias TT, na quarta-feira, durante uma viagem à cidade de Trollhatten, no Sul da Suécia. “É bem sabido que a Rússia não gosta do fato de a Suécia ou a Finlândia serem membros da Otan, mas nós tomamos nossas próprias decisões.”.
A Suécia se candidatou à entrar para o bloco juntamente com a Finlândia depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022, em uma guerra – ou “operação militar especial”, como afirma a Rússia – que perdura por dois anos.
“Monitoraremos de perto o que a Suécia fará no agressivo bloco militar, como realizará sua adesão na prática (…) com base nisso, construiremos nossa resposta com medidas retaliatórias de natureza técnico-militar e outras”, disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, adicionando que “A adesão da Suécia à Otan é acompanhada pelo contínuo aumento da histeria contra a Rússia no país, que, infelizmente, é incentivada pela liderança política e militar sueca, mas sua principal fonte está no exterior. Não são os próprios suecos que estão fazendo a escolha; essa escolha foi feita para os suecos”, afirmou ela.
A ameaça de medidas “militares e técnicas” foi repetida pela embaixada da Rússia em Estocolmo em sua conta do Telegram, nesta terça-feira (27). Tais medidas estariam condicionadas à extensão das tropas da Otan e dos destacamentos de material dentro da Suécia.