Lunelli comenta transição e fala das primeiras medidas cogitadas para o governo
Política
terça-feira, 07:06 - 25/10/2016

Divisão da secretaria de Administração e Finanças em duas pastas distintas, redução dos 91 cargos comissionados mantidos atualmente e destaque para fortalecer o setor da Agricultura são algumas das medidas cogitadas para o governo de Antídio Lunelli (PMDB) e Udo Wagner (PP).
Com base em um diagnóstico preliminar dos primeiros dez dias de transição de governo, os eleitos apresentaram medidas, citadas como possibilidades, durante a plenária da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), ontem (24). As alterações haviam sido antecipadas pela coluna Plenário na última semana.
Wagner, que vem participando da elaboração do novo organograma da Prefeitura, explicou que a comissão montada para realizar a transição com o do atual mandatário Dieter Janssen (PP) ouviu, em dez dias, todos os segmentos da Administração, começando pelos secretários e diretores.
Lunelli explicou que os números ainda estão sendo levantados e finalizados, e que somente irá tomar decisões depois de ter apurado e analisado todas as informações. “Sou uma pessoa que toma as decisões depois de ouvir. Neste momento nós estamos nos inteirando de tudo e tomaremos as devidas decisões com conhecimento de causa”, reforçou o eleito.
Entre as possibilidades consideradas pelo novo governo, está a divisão da secretaria de Administração e Finanças em duas pastas. “No nosso ponto de vista, essa secretaria estava muito grande, muito conflitante e uma coisa é a gestão, a outra é receita, a fazenda, arrecadação e outros aspectos”, destacou o futuro vice-prefeito.
Além disso, o setor de Agricultura poderá ser contemplado em uma pasta do Desenvolvimento Econômico, devido à importância da área para o município, conforme avaliação. Atualmente a área fica dentro da Secretaria de Obras. Os futuros governantes estimam que, ao final da organização, restem nove secretarias.
Análise de quadro
Quanto ao número de servidores da Prefeitura, Wagner relata que cerca de quatro mil tratam-se de funcionários efetivos – com aproximadamente 3,5 mil lotados nas pastas de Educação, Saúde e Obras. Já o número de servidores de fora da Prefeitura, segundo apuração do novo governo eleito, seriam de 91.
“Nós certamente estamos num modelo de, se for possível, diminuir isso ainda mais”, afirmou o vice-prefeito eleito, ponderando ainda que reduções na estrutura não devem trazer prejuízos à Prefeitura.
O novo governo também chamou atenção para as despesas com a cessão de servidores para órgãos das esferas estaduais e federais.
Segundo levantamento, seriam 46 funcionários cedidos a entidades como Cartório Eleitoral, Delegacia da Mulher, Fórum, Polícia Militar, Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), entre outros, gerando despesa de R$ 200 mil ao mês, com os salários e benefícios. “O ideal seria que os órgãos viessem para cá e não fornecessem só a estrutura física, mas também pessoal”, considerou Wagner.
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