Não é de hoje que o mel produzido em Santa Catarina é considerado o melhor do mundo. A região do Vale do Itapocu, que conta com diversos apicultores, vai ser contemplada com um projeto que tem o objetivo de informar, conscientizar e fomentar a preservação das espécies nativas sem ferrão.
A ideia do programa foi proposta pelo técnico de apicultura André Luís Ribeiro, há cerca de um ano, e tem o propósito de mostrar para a população a importância que as abelhas têm para a região, além de organizar os apicultores.
Ribeiro destaca que, no Brasil, existem aproximadamente 400 espécies de abelhas sem ferrão e, em Santa Catarina, pelo menos 26 delas se desenvolvem naturalmente.
O vereador jaraguaense Eugênio Juraszek, que já desenvolve o programa em parceria com profissionais e instituições esteve reunido com integrantes da Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) na semana passada quando foi decidido os próximos passos do projeto.
De acordo com o diretor executivo do Consórcio Cigamvali Fenísio Pires Junior, a região conta com muitos apicultores que não estão organizados como uma entidade. Por isso, uma das iniciativas do consórcio é organizar o setor, conhecer o mercado de mel nos sete municípios da Amvali para depois fomentar e trazer mais pessoas para este ramo.
Fenísio afirma que serão aproveitados programas já em desenvolvimento pelo Consórcio como do maruim para que seja propagado o projeto das abelhas sem ferrão. “Estaremos visitando várias propriedades para falar sobre o maruim, e que será um momento oportuno para falar das abelhas, trazendo mais interessados para esta área”, destaca.
Para ajudar no projeto, Jaraguá do Sul conta com os cursos de Educação a Distância (EAD) da Universidade de Taubaté (Unitau), que é a única universidade do Brasil que oferece graduação e pós em apicultura e meliponicultura.
Conscientizar a população
O vereador jaraguaense Eugênio Juraszek, destaca que é fundamental que a informação sobre as abelhas sem ferrão seja difundida na sociedade, especialmente entre as crianças e adolescentes da rede de ensino.
“É necessário promover essa conscientização de que elas não são perigosas, como são importantes,inclusive para a agricultura do município”, explica o vereador.
O técnico em apicultura André Ribeiro observa que é preciso conscientizar a população sobre os impactos da falta de abelhas na agricultura e nas florestas, que pode gerar grandes problemas ambientais.
Por isso, o projeto pretende instalar caixas de abelhas sem ferrão em diversos pontos da cidade, criando um laço entre a população e as espécies.
“As escolas vão estar diretamente envolvidas com o programa, recebendo palestras sobre o tema e realizando visitas nos locais para conhecer as colmeias”, frisa.
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