A Frente Parlamentar do Corredor Rodoviário Litorâneo Norte foi lançada na Assembleia Legislativa esta semana. O objetivo do grupo é promover estudos e debates para criação de uma rodovia paralela à BR-101 no Norte do estado, ligando os municípios de Joinville e Tijucas, na Grande Florianópolis.
O deputado Carlos Humberto (PL) vai coordenar os trabalhos. O colegiado ainda conta com os deputados Emerson Stein (MDB), Sargento Lima (PL), Fernando Kreling (MDB) e Ana Campagnolo (PL).
Carlos Humberto informou que o trecho em questão é compreendido entre Joinville e Tijucas, destacando ainda que a Secretaria de Estado da Infraestrutura já possui um projeto para o contorno de Joinville até a Rodovia Antonio Heil, no Vale do Itajaí.
A rodovia estudada para a região deve contar com 144 quilômetros de extensão. A primeira proposta está na Secretaria de Estado da Infraestrutura e somente o projeto custará aos cofres estaduais cerca de R$ 36 milhões. O levantamento feito pelos envolvidos no estudo aponta que a construção da nova via pode custar cerca de R$ 6 bilhões.
Segundo o deputado Carlos Humberto, é importante que os governos se unam para o projeto se tornar realidade. “Queremos que se reinicie a discussão para mobilizar a sociedade e a Frente Parlamentar vai se reunir em outubro com prefeitos, governo do Estado, setor do transporte e entidades representativas do norte catarinense.”
“A rodovia está saturada, comprometendo a logística portuária, o turismo, precisamos achar uma solução no menor tempo possível. A questão não é partidária e nem de governo, trata-se de uma discussão de Estado”, concluiu o parlamentar.
Também proponente do colegiado, Emerson Stein falou da necessidade de buscar recursos. “Esta demanda vem num momento histórico em que a sociedade civil organizada, prefeitos e governo têm a oportunidade de lutar, juntos, para que a obra saia do papel. Sou coordenador da Bancada do Vale do Itajaí e vamos levar o tema para discussão no combate aos gargalos e as obras na rodovia que não saem.”
Fiesc defende nova rodovia
Em julho, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, afirmou que a Fiesc encomendou um estudo técnico para estimar a progressão do tráfego e quais as obras e investimentos necessários para atender o crescimento da demanda ao longo das próximas décadas na BR-101, considerando que a extensão do prazo concessão iria até 2048.
Para Aguiar, por mais melhorias que se façam na rodovia BR-101, ela tem um limite de tráfego e de segurança. A conurbação entre Barra Velha e Tijucas já prejudica o tráfego na rodovia, com os moradores utilizando a via para o tráfego local. Por isso, destaca, é necessária uma solução alternativa que não limite o desenvolvimento catarinense. “Não podemos desistir da construção de uma nova rodovia paralela à BR-101, cuja demanda é evidente, em decorrência do forte ritmo de crescimento na região de entorno”, disse.
Em agosto, a entidade celebrou um importante avanço na questão da BR-101, com a muito aguardada inauguração do Contorno Viário da Grande Florianópolis.
Para o presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, Egídio Martorano, a saga do Contorno Viário da Grande Florianópolis traz lições importantes para SC. A principal delas é a necessidade de uma gestão eficiente e integrada das áreas lindeiras, ou seja, aquelas que fazem divisa com rodovias.
