As mudanças no governo do Estado de Santa Catarina já começaram. Nesta sexta-feira (19), foi publicado no diário oficial a nomeação do novo secretário que irá comandar a Saúde em Santa Catarina. O nome escolhido pelo vice-governador, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), foi o de Acélio Casagrande.
O novo secretário é administrador, com especialização em gestão pública e experiência em gerenciar a saúde. Ele foi secretário municipal da saúde em Criciúma – quando Moreira era prefeito – e também ocupou o cargo de secretário adjunto da Secretaria do Estado da Saúde em 2014. Atualmente, Casagrande estava lotado na Secretaria de Articulação Nacional.
No comando de uma das principais pastas do governo estadual, Casagrande terá como secretário adjunto, o médico Marcelo Lemos dos Reis. A promessa do novo secretário é trazer mais recursos para Saúde, otimizando os trabalhos, e aplicando o dinheiro público com eficiência. Para isso, Casagrande deve promover uma reforma administrativa e atuar com uma equipe coesa, que dê resultados.
Vale lembrar que nos últimos anos a Secretaria do Estado da Saúde vem passando por várias dificuldades, como greve de funcionários de hospitais, atraso de repasses às unidades públicas com administrações privadas – como o Hospital Infantil de Joinville – e uma dívida que, segundo o Tribunal de Contas, ultrapassa R$ 1 bi.
Desde o início de 2018, a Saúde do Estado era comandada temporariamente pelo médico Murillo Capella. Ele assumiu o posto, depois que o então secretário do estado da saúde, Vicente Caropreso, pediu exoneração. Caropreso é deputado estadual pelo (PSDB) e neste ano deve se dedicar à reeleição. A assessoria de imprensa da secretaria informou que Murillo Capella, deixa a função e se aposenta.
Currículo Acélio Casagrande
Natural de Criciúma, Acélio Casagrande nasceu no dia 1º de Dezembro de 1961. Formado em administração de empresas e gestão de recursos humanos, Casagrande também cursou pós-graduação em nível de MBA em gestão pública pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. Acélio Casagrande trabalhou 12 anos na iniciativa privada. Sua carreira política iniciou em 1993 como chefe de gabinete do ex-prefeito de Criciúma, Eduardo Pinho Moreira. Oito meses depois, foi nomeado secretário de Saúde e, mais tarde, secretário da Fazenda, atuando até 1997. Um ano depois, voltou à Secretaria de Saúde, onde permaneceu por mais três anos e três meses.
Em 2001, foi eleito o vereador mais votado de Criciúma. Foi também secretário de Desenvolvimento Regional de Criciúma por duas vezes e deputado federal na legislatura de 2007 a 2011. Entre 2011 e 2012 foi secretário de Articulação Nacional, com forte atuação em Brasília. Logo em seguida, assumiu como secretário Adjunto do Estado da Saúde, cargo ocupado até 2014. Posteriormente, voltou para a Secretaria de Articulação Nacional, novamente com forte atuação na capital federal, onde ficou até meados de janeiro de 2018.
Marcelo Lemos dos Reis
Graduado em medicina pela Universidade Federal Fluminense (1995) e mestre em ciências médicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003). É especialista em ortopedia e traumatologia e atua na área de cirurgia do ombro e cotovelo. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo.
Lemos dos Reis é ex-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Santa Catarina (gestão 2013/2014), e conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (gestão 2013/2018), membro da Comissão de Dignidade e Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Atualmente é médico ortopedista da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, médico ortopedista da Universidade Federal de Santa Catarina.
Marcelo Lemos Reis ingressou na Secretaria do Estado da Saúde em 2006, atuando no Centro Catarinense de Reabilitação como médico ortopedista. Foi gerente da unidade e diretor do Hospital Governador Celso Ramos, ambos em Florianópolis. Ainda na Secretaria de Estado da Saúde, em 2017, o médico respondeu pela Superintendência dos Hospitais Públicos.
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*Reportagem de Windson Prado
