O TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) concedeu 360 dias de férias retroativas aos conselheiros Domingos Brazão e José Maurício Nolasco.
A informação é do portal UOL.
Brazão é apontado como suspeito da morte de Marielle Franco desde que foi acusado pela Procuradoria-geral da República (PGR) em 2019, por obstruir as investigações do crime, em documento enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O nome dele aparece na delação de Elcio Franco, um dos autores do crime. O ex-policial dirigiu carro de dentro do qual Ronnie Lessa atirou contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Brazão nega ligação com o crime. Na semana passada, o site The Intercept afirmou que ele foi apontado por Ronnie Lessa como o mandante dos assassinatos.
Brazão e Nolasco ganharam direito a tirarem 360 dias de férias, que podem ou não ser convertidas em dinheiro.
A decisão foi tomada na última quarta (24) pelo Conselho Superior de Administração do órgão.
Os dois ainda não decidiram se tirarão as férias em dinheiro ou descanso. Segundo o TCE-RJ, o benefício é referente ao período de 2017 a 2022, quando ambos ficaram afastados dos cargos sob investigação da Lava Jato no Rio.
Brazão e Nolasco chegaram a ser presos temporariamente em 2017.
Eles e outros três conselheiros do TCE-RJ foram alvos da operação Quinto do Ouro, uma etapa da Lava Jato no Rio.