Ludovico Martini, mais conhecido como Nono Martini, morreu na última segunda-feira (22), em Guaramirim, aos 102 anos.
Filho de pais italianos, Ludovico nasceu em 1921 e passou por uma infância difícil. Frequentou a escola somente por dois anos, pois precisava trabalhar para ajudar a família no engenho de melado.
A família também produzia a cana-de-açúcar para a fabricação da cachaça e foi desse jeito que os Martini e outras famílias de lá ajudaram a transformar Luiz Alves na Capital Nacional desta bebida.
Quando fez 18 anos, Ludovico serviu ao Exército por dois anos em Imbituba, no Sul do Estado, na defesa da costa brasileira, no início da Segunda Guerra Mundial.
Dez anos mais tarde, aos 28 anos, ele se casou com o amor da sua vida, Erondina. O casal se mudou para uma pequena casa alugada no Primeiro Braço, em Massaranduba. Ele lembra que a mudança cabia toda em um saco de trigo.
Na época, Erondida levou junto uma vaquinha que tinha ganhado de sua mãe, que ajudaria na criação dos cinco filhos do casal.
A vida nunca foi fácil. Com o falecimento do pai, José Martini, em 1956, Ludovico e a família voltaram para Luiz Alves para cuidar da mãe, Adalgisa Martini. Naquela época, não tinha energia elétrica e tudo era feito a mão.
Com o passar do tempo, em 1959, seu Ludovico, junto com a esposa e os filhos, se mudaram para Guaramirim, onde ele viveu até o fim de sua vida. No município começaram a plantação de banana e criação de porcos, o que foi por muito tempo essencial para o sustento da família.
Nono Martini deixa esposa, filhos, genros, noras, netos, bisnetos e irmãos.
Sepultamento
O velório de Nono Martini começou às 5h desta terça-feira (23) na Igreja Santos Anjos, localizada no bairro Avaí. Já o sepultamento será realizado a partir das 16h no Cemitério Municipal de Guaramirim.