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Jaraguaense que morreu de doença rara será cremada em Jaraguá do Sul

Foto: Reprodução Redes Sociais

Por: Claudio Costa

14/07/2025 - 19:07 - Atualizada em: 14/07/2025 - 19:42

A jaraguaense que morreu após complicações de uma doença rara será cremada em Jaraguá do Sul. Mariluci Krehnke, de 43 anos, começou a ser velada por volta das 20h desta segunda-feira (14), no Crematório Catarinense. A cremação ocorre por volta das 16h desta terça-feira (15). Mariluci morreu na madrugada de domingo (13) e morava em Linhares, no Espírito Santo.

Mariluci deixa três filhos, o marido Daniel Krehnke, familiares e amigos profundamente abalados. Mariluci havia se mudado para o Espírito Santo há dois anos e lutou contra a púrpura trombocitopênica, uma doença rara.

Em entrevista ao OCP, Daniel compartilhou os detalhes do que aconteceu com sua esposa nos últimos dias de vida. “Ela já teve um caso quase parecido, em que as plaquetas dela caíram para 14 mil. Procuramos reumatologistas e, após diversos exames, o diagnóstico foi lúpus”, explicou. A doença, que afeta o sistema imunológico e pode causar a destruição das plaquetas sanguíneas, foi controlada inicialmente com medicamentos e cuidados.

“Ela ficou bem depois do tratamento inicial, mas nos últimos meses começou a apresentar sintomas preocupantes. A urina dela ficou escura e, por precaução, fomos procurar um médico”, contou o marido. Exames confirmaram que as plaquetas de Mariluci estavam em apenas 8 mil, um número muito abaixo do mínimo necessário para uma pessoa saudável. “O mínimo é 140 mil a 400 mil, e ela estava com 8 mil, o que foi um sinal de alerta. Foi quando decidimos interná-la”, relatou Daniel.

Mesmo com os tratamentos, como o uso de corticoides para tentar elevar as plaquetas, o quadro de Mariluci não melhorou como esperado. Daniel explicou que, apesar de algum progresso inicial, as plaquetas caíram novamente para 6 mil. “Os médicos estavam sem entender o que estava acontecendo, pois o Lúpus não deveria causar isso. No final, ela ficou muito fraca, com sinais de complicações em órgãos internos”, disse.

Diante da gravidade do quadro, Mariluci foi transferida para Vitória, onde um tratamento específico para repor as plaquetas estava disponível. No entanto, Daniel acredita que a intervenção chegou tarde demais. “Chegamos lá e fizemos tudo o que era possível, mas ela já estava com os órgãos comprometidos”, afirmou. No hospital, Mariluci foi intubada e passou a ser monitorada com oxigênio, mas não resistiu.

Durante sua estadia em Vitória, Mariluci sofreu uma parada cardíaca às 5h da manhã, sendo reanimada pelos médicos. Porém, por volta das 6h30, ela teve uma segunda parada e infelizmente não resistiu. “Eu estava ao lado dela, mas Deus tinha outros planos. Ela faleceu às 6h37, e isso vai ficar para sempre no meu coração”, concluiu Daniel, visivelmente emocionado.

A morte de Mariluci traz um sentimento de perda irreparável para sua família, que agora tenta entender as complicações da doença rara que levou sua vida. A púrpura trombocitopênica, identificada nos exames finais, é uma condição rara em que os anticorpos do corpo atacam as plaquetas, dificultando sua reposição. Infelizmente, segundo o marido, o tratamento para essa doença também não foi suficiente para salvar Mariluci.

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, perícia criminal, marketing digital, em inteligência artificial e pós-graduando em gestão de equipes.