Parabellum Jaraguá: Escola e clube de tiro modernos no coração da cidade

Mario e Fabiula fazem parte da diretoria da Parabellum Jaraguá | Foto: Michelle/OCP News

Por: Claudio Costa

26/07/2022 - 07:07 - Atualizada em: 26/07/2022 - 07:16

Jaraguá do Sul é conhecida nacionalmente pela tradição centenária dos atiradores. Desde junho 2021, a Parabellum Jaraguá Escola e Clube de Caça e Tiro oferece um espaço diferenciado no coração da cidade. Inspirado nos clubes do exterior, o estande indoor foi construído para dar segurança e oferecer condições para a melhor performance dos sócios e alunos.

O projeto do clube foi idealizado pelo advogado e professor de direito Mario Cesar Felippi Filho. Porém, é preciso voltar no tempo para falar sobre o que levou Mario a construir a estrutura de alto nível localizada no terceiro andar de um prédio comercial na rua Barão do Rio Branco, no Centro.

Em 2010, o advogado fez um curso de tiro no Clube e Escola de Tiro .38, em São José, um dos mais renomados centros de treinamento do país. Desde então, ele começou a se especializar, tirou o CR (Certificado de Registro) de CAC (Caçador, Atirador e Colecionador) e deu continuidade nos estudos.

Em 2015, Mário fez um curso no CTT (Centro de Treinamento Tático) da CBC, em São Paulo, e se formou instrutor de tiro. Dois anos depois, ele fez mais um curso de armamento e tiro na Propoint, também em São Paulo. O terceiro curso foi feito em 2019, no Acosta, em Porto Alegre.

“Eu sou professor de direito penal na Católica de SC há mais de 13 anos e atuei muito tempo como advogado criminalista. Os meus alunos tinham muita vontade de entrar no mundo do tiro, principalmente aqueles que estava cursando direito para seguir uma carreira policial. Eles queriam ter esse contato com a arma de fogo de forma segura e, vendo essa necessidade, eu decidi criar a escola de tiro”, relembra.

Marcelo (esquerda), Fabiula e Mario são responsáveis pelo atendimento premium da Parabellum | Foto: Michelle Miranda/OCP News

“A escola de tiro veio primeiro, pois fundei ela em 2018. A ideia era repassar conhecimento sobre balística, armas de fogo e introduzir essas pessoas no mundo do tiro. Porém, eu tinha uma dificuldade quanto ao local para lecionar a parte prática, pois a teórica a gente faz na sala de aula. Eu sempre dependia de clubes para disponibilizar o espaço. Então, em 2020, no meio da pandemia, eu resolvi montar um clube junto com a escola. Aí, surgiu a Parabellum Jaraguá”, frisa.

Além de Mario, a Parabellum conta com instrutores convidados que realizam cursos e um grande especialista para dar todo o suporte aos seus associados. No quadro de colaboradores está Marcelo Santa Clara Fialho, de 46 anos, subtenente da reserva da Marinha do Brasil.

Durante 28 anos, Fialho serviu no CFN (Corpo de Fuzileiros Navais), considerado a elite das Forças Armadas. Ele fez parte dos COMANF (Comandos Anfíbios), a tropa especialista em operações especiais, ou seja, a elite da elite. O caveira utiliza toda a sua experiência para repassar conhecimento aos sócios do clube.

No coração da cidade

A localização estratégica da Parabellum Jaraguá traz uma grande comodidade para os alunos e sócios. O fundador do clube ressalta que a escolha da sala comercial buscou dar fácil acesso às instalações na rua Barão do Rio Branco, um corredor que liga três das principais vias da cidade, a rua Coronel Procópio Gomes de Oliveira, a rua Reinoldo Rau e a avenida Marechal Deodoro da Fonseca.

Capitão Andrey destaca o fácil acesso e os equipamentos de primeira linha | Foto: Fábio Junkes/OCP News

“Eu fui associado de vários clubes da região, mas a minha dificuldade era aliar a rotina do dia a dia com os treinos, arranjar um tempo para ir ao clube atirar e depois voltar. Eu fui filiado ao Botafogo, em Pomerode, e no Rossetto, em Camboriú. Quando eu queria atirar, era uma hora para chegar lá, mais o tempo de atirar e depois voltar. Eu gastava quatro horas, ou seja, uma manhã ou uma noite”, lembra.

Mário conta que a correria entre o escritório de advocacia e as obrigações como docente tomavam muito tempo. Além do lado profissional, ele precisava dar atenção para a família e ganhar tempo virou um fator primordial para praticar o tiro esportivo.

“Eu precisava sair do trabalho, chegar rapidamente nesse local para praticar o tiro e em uma hora estar em casa. Essa foi a ideia que eu tive e, por isso, eu criei o clube de tiro aqui no Centro de Jaraguá do Sul. A pessoa vem aqui, tem o estacionamento, pratica e vai pra casa. Às vezes, nem precisa avisar que foi atirar porque por volta das 19h já está em casa”, destaca.

Equipamentos do estande de tiro

A construção do estande de tiro da Parabellum Jaraguá buscou trazer soluções utilizadas no exterior para a cidade. Além do isolamento acústico de alta qualidade para a instalação do clube de tiro no Centro, um dos desafios do projeto, o espaço conta com transportadores de alvos digitais.

Delegado Dias destaca que o local oferece segurança para os treinamentos | Foto: Fábio Junkes/OCP News

“A maior parte desses equipamentos são mecânicos e você tem que colocar o alvo na distância. Os nossos transportadores são digitais e, se você coloca cinco metros, ele vai até os cinco metros. Você coloca a distância que quer, ele calcula e para no local certo, não tem como dar aquela roubada. Tem gente que fala que o alvo estava a dez metros, mas, na verdade, estava a três metros de distância”, explica.

A Parabellum também adquiriu em caráter de teste alvos humanoides para os treinos. Eles são fabricados em um material emborrachado, o que evita os ricochetes. Por isso, esses equipamentos são ideais para a prática no estande indoor. O atirador tem mais segurança para realizar os disparos, principalmente em curta distância.

“Em alguns treinamentos, nós realizamos disparos a uma braçada do alvo, isso dá cerca de um metro de distância. Em um alvo metálico, isso seria muito perigoso. O ideal é atirar em alvos metálicos a uma distância mínima de sete metros. Esse material emborrachado possibilita fazer treinamentos simulando situações reais”, descreve.

Cursos para atiradores iniciantes e experientes

A escola de tiro é com certeza o lado mais inovador da Parabellum. Mario conta que a ideia básica da Parabellum é transmitir conhecimento aos alunos com qualidade e segurança. São cinco cursos ofertados ao público, que vão do básico ao avançado.

“A gente começa com um curso de introdução à prática do tiro, que você dificilmente vai encontrar em outros clubes e outras escolas. Eu trabalho muito o esclarecimento de como funciona a legislação, o que o atirador pode ou não fazer. Na minha condição de professor e advogado, eu sempre recebia questionamentos. Muitas pessoas têm armas de fogo, mas não sabem quando podem ou não usá-las”, expõe Mário.

Projeto do clube foi idealizado pelo advogado Mario Cesar Felippi Filho | Foto: Cris Franco/Divulgação

No curso de introdução, os alunos aprendem sobre legítima defesa, estatuto do desarmamento, leis e decretos que regulamentam o uso das armas de fogo, além de regras de segurança. A partir dessa apresentação, eles estão aptos a fazer um curso para aprender os fundamentos do tiro.

“Depois que você entra no mundo do tiro, adquire uma arma e quer aprender a atirar, existem diversos fundamentos que precisam ser observados. A arma é uma máquina que funciona conforme a habilidade do atirador. É um instrumento de precisão. Se você está errando, está quebrando algum fundamento”, esclarece.

Em seguida, os alunos estarão aptos a participar dos cursos de pistola níveis 1, 2 e 3. As aulas são ministradas por profissionais da segurança pública, o que auxilia o atirador a dar o próximo passo na evolução do operador deste tipo de armamento.

“O operador começa a entender como funciona essa plataforma. No módulo 2, ele faz saques e, para fazer isso, precisa ter os fundamentos de segurança massificados. No terceiro módulo, ele começa a fazer movimentação, com tiros se defendendo e se abrigando. Porém, para chegar nesse nível, você tem que seguir uma escala”, finaliza.

Parceiro da segurança pública

A Parabellum valoriza os profissionais da segurança pública que atuam em Jaraguá do Sul. O clube disponibiliza as instalações para os policiais da cidade em horários reservados. Desse modo, eles podem aperfeiçoar suas técnicas para continuar a prestar um serviço de excelência no município mais seguro do país.

Andrey (esquerda) e Dias são sócios do clube e profissionais da segurança pública | Foto: Fábio Junkes/OCP News

Inclusive, o quadro de sócios conta com policiais civis e militares. Entre eles estão o delegado Daniel Dias, titular da Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil em Jaraguá do Sul, e o capitão Anderson Andrey, comandante do policiamento especializado do 14º Batalhão de Polícia Militar, do qual faz parte o Pelotão de Patrulhamento Tático.

“A Parabellum, além de sediada na região central de Jaraguá do Sul, apresenta uma estrutura moderna e equipamentos de primeira linha. Em razão disso, é frequentada por vários profissionais de segurança pública, os quais utilizam o clube para aprimorar suas técnicas de tiro”, descreve Andrey.

“O conforto e o ótimo atendimento estão entre os diferenciais da Parabellum. Essa parceria com os profissionais da segurança pública é essencial, pois nós não tínhamos um local coberto com fácil acesso. Quando o clube ofereceu essa opção, foi um passo muito importante para os profissionais de segurança terem um local de fácil acesso e com muita segurança para fazer os seus treinamentos”, frisa Dias.

Por fim, Mário destaca que a realização desse projeto não seria possível sem o apoio da família e o importante auxílio dos sócios fundadores e da diretoria do clube.

Presidente

Mario Cesar Felippi Filho

Vice-Presidente

Mario Cesar Felippi

Diretor Secretário

Maurício Raulino Cecon

Diretora Tesoureira

Fabiula Thayse Enke Felippi

Diretor Esportivo

Gilvan Flores Ayroso

Diretor de Eventos Sociais

Wânio Inácio de Carvalho

Diretor de Infraestrutura

Jair Kemetzki

Conselheiro

Julio de Carvalho Melo