“Investimentos e melhores práticas de sustentabilidade”

Fernanda Fachini | MMD Advogados

Por: Informações jurídicas

16/10/2020 - 10:10 - Atualizada em: 16/10/2020 - 10:54

Nunca se falou tanto em sustentabilidade como hoje. As empresas têm cada vez mais buscado informações sobre práticas ambientais, sociais e de governança – critérios de ESG (sigla em inglês Environmental, Social and Governance) – e este é um dos fatores que vem crescendo na análise dos investidores, especialmente empresas estrangeiras que buscam investir em empresas brasileiras.

Além de analisar a questão do retorno financeiro do negócio – que geralmente sempre foi o foco principal do investidor – hoje estão atrás de empresas que prioritariamente valorizam pessoas, o meio ambiente e a sociedade. Ou seja: como ela se posiciona, analisa riscos e estabelece normas transparentes no seu negócio. De que forma a empresa contribui para uma sociedade mais justa, sustentável e como estão preparadas para enfrentar os desafios futuros.

Abordar temas ESG dentro das empresas, principalmente nos Conselhos de Administração, possibilitam a leitura e análise de métricas dos impactos nas atividades estratégicas da organização, considerando os fatores de sustentabilidade.

O Tema ESG aborda os fatores ambientais, onde são avaliadas as questões de impactos ambientais, descarte de lixos, uso da água, uso sustentável de energia, entre outros; os fatores sociais, que consideram como a empresa se comporta em relação aos colaboradores, segurança laborativa e como contribui com a comunidade; e os fatores de governança.

Ou seja, políticas e práticas pelas quais as empresas são direcionadas e controladas, um conselho diverso, normas internas, etc.

Mesmo sendo uma prática muito conhecida no mercado externo, os critérios ESG têm ganhado força no Brasil somente nos últimos anos. Para o investidor, a grande vantagem de empresas que adotam estes critérios é a transparência com os dados – como a empresa conduz seus negócios, gerando segurança na tomada de decisão e garantias do investimento, de que ele será sustentável a longo prazo, mitigando os riscos do negócio e aumentando sua rentabilidade.

Empresas que pretendem se posicionar no mercado utilizando-se de critérios ESG devem acompanhar as diretrizes que envolvem o Desenvolvimento Sustentável, pautadas na análise dos impactos sociais e ambientais, além de estar atenta às recomendações políticas e econômicas existentes no mercado.

Artigo elaborado pela advogada Fernanda Fachini, especialista em Master of Business Administration em Direito Tributário pela FGV – Fundação Getúlio Vargas e pós-graduada em Direito Previdenciário pelo Instituto Nacional de Ensino Superior e Pesquisa – INESP. Atua na área de Direito Tributário, Direito Societário, Direito Empresarial e Reorganização e Planejamento Societário, Sucessório e Proteção Patrimonial no escritório Mattos, Mayer, Dalcanale & Advogados Associados.