Contraceptivos e o direito de escolha de cada mulher

Por: Elissandro Sutil

01/07/2020 - 06:07 - Atualizada em: 26/08/2020 - 17:13

Usufruir do direito de escolha de métodos contraceptivos é fundamental para as mulheres. Eles permitem que cada mulher possa ter liberdade sexual e sem os riscos de uma gravidez não planejada, por exemplo.

De acordo com a ginecologista e obstetra, Dra. Thaís Straliotto Lebtag, escolhas pessoais, vão da preferência de cada mulher e da necessidade de praticidade e adaptação. Porém, no caso de escolha de métodos de contracepção definitivos deve haver consenso do parceiro em caso de união estável ou conjugal, de acordo com as regras da Constituição que regem a Lei da Laqueadura e Vasectomia.

Opções de métodos de contraceptivo

A pílula ainda é o contraceptivo mais utilizado, porém, as mulheres têm procurado cada vez mais métodos práticos e de longa duração. “Para isso, é fundamental consultar um especialista para conhecer todos os métodos disponíveis, além das vantagens, desvantagens, duração e custos”, explica Dra. Thaís.

Uso contínuo

As pílulas de uso contínuo são cada vez mais prescritas para que haja menos sangramentos, diminuição dos sintomas de Tensão Pré-Menstrual (TPM), cólica, endometriose, etc.

Elas são indicadas para uso em períodos como o da amamentação, já que possuem só um tipo de hormônio – os progestágenos e não apresentam estrogênio na fórmula. Mas a ginecologista reforça que o uso contínuo após 120 dias aumenta a chance de sangramentos irregulares.

“Os métodos de curta duração dependem de disciplina, pois falham quando usado incorreta ou irregularmente. São altamente eficazes se utilizados adequadamente, mas não é a realidade”, destaca.

  • Métodos de curta duração: anticoncepcionais hormonais orais combinados, contém somente progestágeno, injetáveis combinados mensais, anel vaginal ou adesivo transdérmico;
  • Métodos de longa duração: dispositivos intrauterinos com cobre ou com levonorgestrel;
  • Anticoncepção de emergência: a eficácia da pílula do dia seguinte aumenta para 95% se a primeira dose for ingerida nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida;
  • Definitivos: laqueadura tubária e vasectomia.

Para a ginecologista, o método mais eficiente é aquele que a paciente usar da melhor forma. “É importante que a paciente esteja confortável com a opção para que utilize o método da forma correta”, reforça.

Foto: Matheus Wittkowski | OCP News

Contraindicações

Pacientes com histórico de predisposição familiar e pessoal para trombose ou mulheres com mais de 35 anos de idade tabagistas, hipertensas ou com enxaqueca com aura, devem-se evitar métodos hormonais que contenham estrogênios. “Nesses casos é preferível métodos que contenham apenas os progestágenos, ou métodos não hormonais”, ressalta.

Já pacientes que foram submetidas a cirurgias bariátricas ou ressecções intestinais têm absorção oral reduzida e devem evitar as pílulas, preferindo outras vias de administração com anéis vaginais, adesivos, implantes ou Dispositivos Intrauterinos (DIUs).

Onde encontrar

A Dra. Thaís Straliotto Lebtag (CRM/SC 14849 e RQE 12.383) atende no Hospital e Maternidade Jaraguá, na rua dos Motoristas, 120. E também na Policlínica Rio Branco, na rua Barão do Rio Branco, 207, 1º andar, sala 05. Contato pelo (47) 3275-1063.