Bairros impulsionam o crescimento econômico de Jaraguá do Sul

Foto Braian Schwertz

Por: Elissandro Sutil

10/02/2019 - 15:02 - Atualizada em: 17/02/2020 - 11:24

Uma cidade de indústrias, mas com ar bucólico, que remete ao passado, mesmo transitando em avenidas espaçosas à vista de imponentes prédios. Assim é Jaraguá do Sul para nativos e recém-chegados. Nesse mosaico de vidas e sonhos, três bairros se destacam.

Ilha da Figueira, Baependi e Vila Lalau são importantes para o município por inúmeras razões. Por suas ruas passam as principais vias de ligação da cidade. Para entrar ou sair, boa parte das pessoas recorre a essas artérias.

Pela SC-108, que liga Jaraguá do Sul ao Vale do Itajaí, pode-se acessar a rua José Theodoro para entrar na cidade pela Ilha da Figueira. O trajeto contempla uma região onde o verde predomina por conta de suas montanhas, relevo e vegetação.

Quem vem pela BR-280, que conecta Jaraguá a São Francisco do Sul, fica impressionado com o volume de empresas e indústrias. Ali se vê mais que uma estrada: enxerga-se a força do município que está no braço forte de sua gente. O bairro é o Vila Lalau.

Na rua Bernardo Dornbusch também fica a sede da empresa Marisol. | Foto Braian Schwertz

Já dentro do município, o Baependi é uma das localidades que faz suspirar. Isso porque o distrito é ideal para morar ou empreender. Perto de tudo, inclusive do Centro, é uma das regiões mais valorizadas. E a tendência é crescer ainda mais.

Enquanto comércio e indústria operam com capacidade máxima de dia, por conta do baixo índice de ociosidade, à noite Jaraguá pulsa com a vida acadêmica. Universidades, faculdades e institutos tecnológicos fazem circular no município estudantes da cidade e região.

Trabalho e desenvolvimento

Indicada recentemente pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), entre as cidades mais seguras do Brasil, Jaraguá do Sul é reconhecida internacionalmente por suas empresas, comércio e povo trabalhador. A Multinacional WEG, por exemplo, tem parte de sua sede na Vila Lalau, mas sua planta se estende até o bairro Centenário.

Outra indústria que faz história no bairro é a Marisol, detentora das marcas Lilica Repilica e Tigor T. Tigre. A malharia tem representações em diversas regiões do país, levando o nome da cidade Brasil afora, e também colocando força no comércio.

Algumas quadras, rumo ao centro, fica a rodoviária, no Baependi. Desembarcam ali pessoas da microrregião, bem como visitantes de outros Estados. No bairro também fica o Clube Atlético Baependi, e a Arweg e SER Marisol, recreativas e restaurantes que fazem parte do dia a dia dos moradores, tanto para praticar esportes, como para almoçar ou realizar eventos especiais. Ainda nas imediações, a Ponte Pênsil é um colírio histórico para quem chega!

Próximo dali, o fluxo de caminhões e operários também é contínuo. Isso porque a Ilha da Figueira abriga empresas como a Real Vidros, a Metalnox, a SDS Automação e mais. Como lazer, o bairro abriga a novíssima Via Verde para caminhar, pedalar ou apenas contemplar.

Apesar do desenvolvimento da indústria, o comércio fez parte do crescimento da cidade, evoluindo dos antigos armazéns e casas de utilidades, para grandes lojas dos mais diversos segmentos. Hoje, o comércio chega a ser referência nestes bairros, tornando-os cada vez mais independentes do Centro.

Curiosidades

Vila Lalau

Servidora municipal, a historiadora Silvia Kita lembra algumas curiosidades acerca dos bairros. “A Vila Lalau era conhecida, antigamente, como Cachaça Velha, devido à fábrica de bebidas ali existente. A empresa ficava onde hoje está instalada a Arweg”, diz.

O agricultor Paulo Rath detinha grande extensão de terras. Após vender para lotear a localidade, segundo Silvia, manteve uma porção onde construiu a própria casa juntamente com o filho Lalau. A partir de então, a região passou a chamar Vila Lalau.

Ilha da Figueira

O nome do bairro deriva de uma ilha no rio Itapocu, no trecho que corta aquela região. “Havia uma grande figueira ali, mas, com o tempo essa ilhota desapareceu”, recorda Silvia, acrescentando que os primeiros moradores chegaram por volta de 1888.

A antiga ilha ficava próxima ao extinto Salão Vitória. | Foto: Reprodução/Google

Em 1922, o morador José Theodoro Ribeiro abriu um acesso que hoje é a principal via da localidade, levando, inclusive, o nome dele. “Ele queria o caminho aberto para fazer a mudança residencial. Hoje, a Figueira é um dos bairros mais populosos de Jaraguá do Sul.”

Baependi

Poucos lembram, mas a indústria de bebidas Max Wilhelm (1920), da famosa Laranjinha, já esteve sediada no bairro, e foi uma das responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento daquela região. O nome Baependi foi dado ao local por conta da sede social do Clube Atlético Baependi. “A associação está ali desde 1978, mas a colonização ocorreu em 1890”, frisa Silvia.

Prédio onde funcionava a fábrica de bebidas. | Foto Adilson Amorin/OCP News

O desenvolvimento do bairro esteve vinculado à cidade vizinha de Joinville. “De um município a outro, este era o trajeto”, destaca. Em 1992 o poder público instalou ali a rodoviária.

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