Desde a promulgação da Lei nº 8.213/91, mais conhecida como a Lei de Cotas, em seu art. 93, que reserva de 2% a 5% das vagas em empresas com mais de 100 funcionários, nos deparamos com um cenário de mudança no que se refere à contratação de pessoas com deficiência, à garantia de direitos e à efetividade da inclusão.
Inúmeros paradigmas existentes na história tiveram que ser modificados para a construção de leis e modos sobre como as pessoas com deficiência foram e continuam sendo tratadas na vida e na sociedade.
De acordo com a World Health Organization (WHO), mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com alguma forma de deficiência, dentre as quais cerca de 200 milhões experimentam consideráveis dificuldades funcionais.
Só no Brasil, conforme dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), são 18,6 milhões de pessoas com deficiência.
Embora tenhamos obtido avanços com a obrigatoriedade da inclusão pela Lei, na prática, nos deparamos com diversos desafios e dificuldades que perpassam várias barreiras, entre elas o fato de que as pessoas com deficiência estão menos inseridas no mercado de trabalho e nas escolas – e, por consequência, têm acesso à renda mais dificultado.
Em comparação com pessoas sem deficiência, que apresentam uma taxa de ocupação de 60,7% no mercado de trabalho, as pessoas com deficiência apresentam apenas 26,6%, sendo que 55% das pessoas com deficiência que trabalham estão em situação de informalidade, sem contar a diferença salarial, que chega a 30% em comparação às pessoas sem deficiência.
Diante de dados significativos e em resposta a esses índices, para atingir resultados mais duradouros, devemos investir em capacitar as pessoas que vivem com deficiência e retirar as barreiras que as impedem de participar na comunidade, de ter acesso a uma educação de qualidade, de encontrar um trabalho decente e de ter suas vozes ouvidas.
Atualmente, as APAEs de todo o Brasil constituem a maior rede de defesa e garantia de direitos das pessoas com deficiência intelectual e deficiência múltipla da América Latina. Para que a comunidade conheça um dos trabalhos desenvolvidos pela APAE de Jaraguá do Sul, é com grande satisfação que o Programa Inclusão Produtiva promoverá o “1º Workshop de Inclusão de PCDs no Mercado de Trabalho”. Evento faz parte do calendário da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
O objetivo do evento é aproximar as empresas de Jaraguá do Sul e região e debater temas relacionados à inserção de PCDs no mercado de trabalho. O evento contará com a ilustre presença da Dra. Luciane Xavier Sans de Carvalho, auditora fiscal do trabalho, que abordará o tema: “Direitos trabalhistas e os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência na inserção no mercado de trabalho”.
Também teremos uma mesa redonda que debaterá os caminhos percorridos para que haja uma inclusão integral da pessoa com deficiência. A mesa contará com a presença de pais, usuários, profissionais de RH, médico do trabalho e profissionais do Programa Inclusão Produtiva, que debaterão sobre os processos de inserção diários das pessoas com deficiência no mundo do trabalho.
Contamos com a presença de todos.
Data do evento: 22 de agosto de 2024.
Horário: 13h às 17h.
Local do evento: APAE – UNIDADE II, R. Arthur Breithaupt, 333 – Chico de Paulo, Jaraguá do Sul – SC, 89252-552.
Faça a sua inscrição:
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