Desde o dia 25 de abril passou a funcionar o serviço de castração e chipagem gratuita para cães e gatos em Jaraguá do Sul, que prevê até 40 procedimentos por mês. Porém, em função da comprovação de baixa renda dos tutores, até ontem (3), nenhum animal havia sido beneficiado, segundo a fiscal de Vigilância em Saúde do setor de Zoonoses, Leila de Souza Santiago. “Foram mais de 40 pedidos, mas estamos em processo de avaliação”, esclarece. O processo para aprovar as castrações para fêmeas é feito em conjunto com a Secretaria Municipal da Assistência Social e o animal também passa por avaliação de veterinário da Secretaria de Saúde. O secretário municipal de Saúde, Dalton Fernando Fischer, confirma que três clínicas veterinárias estão credenciadas a realizar as 40 castrações e chipagens destinadas por mês, com investimento anual previsto de R$ 122 mil. A fiscal Leila de Souza lembra que apesar das organizações não governamentais terem o direito de encaminhar pedidos de castrações, só serão aceitas se comprovarem contrato social, CNPJ e cadastro aprovado pelo setor de Zoonoses. “Por enquanto, não tivemos procura de nenhuma ONG”, observa. Ainda de acordo com Leila, de janeiro a abril foram feitas 48 castrações emergenciais, de animais sem tutoria e que estavam na rua - que depois foram colocados à adoção pela Prefeitura. Fora do expediente, finais de semana e feriados, o morador deve procurar a Clínica Schweitzer, no (47) 3275- 3268, que é credenciada pela prefeitura, para denúncia de animais abandonados. O veterinário responsável, Valdemar Schweitzer, afirma que ontem haviam 11 animais sendo atendidos (seis cães e cinco gatos), com média de 20 encaminhamentos/mês. Audiência pública em Jaraguá O abandono de animais em Jaraguá do Sul levou o defensor público Sidnei Gomes a procurar a vereadora Natália Lúcia Petry para realizar uma audiência pública, dia 18 de maio, às 19h, na Câmara de Vereadores. A intenção da audiência é propor medidas de conscientização e de responsabilidade. “Não estou propondo a criação de um canil para onerar ainda mais o poder público, mas sim, chipagem, castração, auxílio às ONGs, através da criação de um Fundo Municipal, de conscientização e de responsabilização dos envolvidos”, enfatiza a vereadora.