Vigilância Epidemiológica confirma oitavo caso de febre amarela em SC

Foto Agência Brasil

Por: Ewaldo Willerding Neto

25/05/2021 - 08:05 - Atualizada em: 25/05/2021 - 08:25

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) confirma o oitavo caso humano de febre amarela no estado, em 2021. O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC). O homem de 67 anos, morador de Palhoça, na Grande Florianópolis, está internado na capital.

Dos oito casos já confirmados da doença, três evoluíram para óbito. O primeiro foi um homem, de 34 anos, morador de Águas Mornas, na Grande Florianópolis. O outro, de um morador de 59 anos, de São Bonifácio, também região da Grande Florianópolis. O terceiro, um homem de 39 anos, morador de Blumenau, no Médio Vale do Itajaí.

Febre amarela

A febre amarela é uma doença grave e evolui rapidamente, se não for diagnosticada e tratada imediatamente. Os principais sintomas são início abrupto de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fraqueza e cansaço, dor abdominal. A pele amarelada é um dos indicativos de gravidade.

Nesse link, há um fluxograma detalhado sobre o atendimento médico que deve ser seguido quando há suspeita de caso de febre amarela.

“Ao apresentar algum sinal ou sintoma, é importante procurar atendimento médico imediatamente. É importante também relatar no atendimento se é morador de borda de mata ou se realizou alguma atividade em matas nos últimos dias e se não tem a dose da vacina”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

 

Prevenção

A melhor maneira de prevenir a febre amarela é com a vacinação. “Todos os moradores de SC com mais de nove meses devem ser imunizados. A dose está disponível nos postos de saúde”, destaca Arieli Schiessl Fialho, gerente de imunização da DIVE/SC.

Atualmente, a cobertura vacinal no estado está em 76,74%. Segundo o Ministério da Saúde, o ideal seria atingir pelo menos 95% de cobertura para que surtos da doença sejam evitados.

 

Transmissão

No Brasil, a febre amarela é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os macacos, que vivem no mesmo ambiente silvestre que esses mosquitos, são as primeiras vítimas da doença. “E é por esse motivo que é importante que a população comunique a Secretaria Municipal de Saúde ao encontrar um macaco morto ou doente. Isso nos ajuda a acompanhar a circulação do vírus pelo estado”, explica Renata Gatti, bióloga e coordenadora do Programa de Vigilância da Febre Amarela em SC.

 

Cenário em SC

No total, SC já confirmou oito casos de febre amarela em humano em 2021. Nos municípios de Blumenau (1), Taió (1), Águas Mornas (2), Anitápolis (1), São Bonifácio (1), Urussanga (1) e Palhoça (1). Sendo três óbitos.

Nenhum dos casos confirmados tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

Com relação às epizootias, SC já tem o registro de 495 epizootias (morte ou adoecimento de macacos) notificadas. Dessas, 121 foram confirmadas para febre amarela e outras 47 estão em investigação.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.