Viaduto da BR-280 deve ser entregue em abril

Na tarde de ontem, trabalhadores realizavam checagens na obra. No trânsito, as filas começavam a se formar na região do viaduto - Foto: Eduardo Montecino/OCP Online

Por: OCP News Jaraguá do Sul

31/03/2016 - 04:03

O ritmo lento das obras do viaduto da BR-280, na Avenida Waldemar Grubba, que dá acesso ao bairro João Pessoa e ao município de Schroeder, em Jaraguá do Sul, provoca reclamações de motoristas, ciclistas, motociclistas, e de todos que transitam pela via. A espera, no entanto, pode estar perto do fim. Ontem à tarde, a assessoria de Imprensa do Dnit-SC (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes de Santa Catarina) informou que o prazo final da obra será mantido e que o viaduto será entregue no final de abril.

A informação pode deixar os moradores da região um pouco mais aliviados. É o caso da técnica de Segurança do Trabalho Karine Noal, 26 anos, que mora no João Pessoa, e que está grávida de oito meses. Ela não esconde a irritação com a demora na entrega do viaduto. “Optamos por ficar na casa da minha sogra, que mora no Centro, para fugir dos horários de pico. À tardinha é insuportável passar por aqui, por causa do trânsito para a faculdade (Uniasselvi), do final do turno de empresas e por ser a saída da cidade”, desabafa. Ela costuma voltar para casa por volta de 20h. “É muita enrolação! Meu marido, Rafael, acompanha todos os dias o andamento da obra”, complementa.

O motociclista Edson Savalisch, 42, autônomo, que reside no bairro São Luís, conta que precisa passar pela Waldemar Grubba duas vezes por semana e também se mostra indignado: “Ninguém consegue ter uma explicação para uma lentidão dessa, pela importância dessa obra”, questiona.

De acordo com o órgão, a demora ocorreu “devido ao rigoroso período de chuvas na região”. Ainda segundo a nota, “por determinação do Dnit-SC, a empresa EPT Engenharia, responsável pela construção do Viaduto Waldemar Grubba, deu início à retirada da camada de macadame seco devido ao processo irreversível de segregação de finos, que tornou-a estruturalmente instável e de forma irreversível”.

Após a retirada do material, será iniciada a execução de nova camada de pavimento (sub-base) com brita graduada, “que segundo técnicos do órgão, deverá responder de forma menos suscetível à ação das chuvas. Todo o processo se dará dentro do prazo contratual da obra, que é final do mês de abril”, confirmou o Dnit. Com extensão de 800 metros, o projeto está orçado em R$ 5.259.510,93, com recursos do governo federal.

Construção começou ainda em 2013
As obras de drenagem para a construção do viaduto começaram ainda em 17 de maio de 2013. O prazo inicial para conclusão era setembro de 2014, depois passou para abril de 2015 e fevereiro de 2016. Na época, a justificativa do Dnit-SC para o atraso foram os quatro meses de chuvas, que impediram a colocação da base para recebimento da camada asfáltica, que necessitava de três a cinco dias de tempo seco. Em janeiro deste ano, as equipes da empresa EPT construíram a calçada e guarda-corpo.

Outro fator que se somou ao período de chuvas foi o atraso nos pagamentos à empresa resposável. O Dnit garantiu que encaminhou as medições da obra para Brasília e que o recebimento dos valores devidos se dava por ordem cronológica de serviços prestados ao órgão em todo o Brasil e conforme disponibilidade de recursos financeiros e liberação pelo Tesouro Nacional.
Em outubro de 2015, o deputado estadual Vicente Caropreso emitiu nota de repúdio e definiu o atraso como “demonstração de menosprezo pela região e pelo bem público”.

Rua de acesso já é construída 
O assessor de relações governamentais da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Antônio Carlos da Luz, diz que o asfaltamento da Rua Benildo Zanin, de acesso ao viaduto da Waldemar Grubba, que soma 270 metros, iniciou na primeira quinzena de março, com previsão de conclusão em seis meses. A obra é executada pela empresa Paviplan, e está orçada em R$ 390.175,74, por meio de financiamento do Badesc (Agência de Fomento de Santa Catarina), com carência de 12 meses e 36 parcelas. “Hoje já estamos com a sub-base pronta”, assinala.