Todos que cruzam a linha férrea em Jaraguá do Sul diariamente já notaram: o mato que cresce ao redor dos trilhos está cada vez mais alto. O que além de dificultar a visibilidade, causa preocupação por ser ambiente propício aos criadouros de insetos e proliferação de roedores. E, durante a noite, fica ainda pior. A vegetação encobre o caminho e compromete a segurança dos moradores, motoristas, ciclistas e pedestres.
Quem mora ou passa pela rua Domingos Sanzon, na Vila Lalau, ao lado da ferrovia, por exemplo, reclama do mato alto. A autônoma Leidy Ramos, 33 anos, que há poucos dias reside em casa alugada ao lado à ciclovia da rua, diz estar preocupada com a situação. “É ridículo, perigoso”, desabafa. Para ela, os que transitam ao longo da ciclovia que corta a Vila Lalau também correm riscos, especialmente quando anoitece.
A dona de casa Terezinha Fernandes, 77, moradora há 40 anos da rua, também lamenta a situação de abandono do local e garante que nem sempre foi assim. “Antes, o trilho era sempre bem limpo. Até o ano passado, roçavam mais vezes, mas esse ano, só na beirada da ciclovia”. Ela lembra que, anos atrás, quando as leis ambientais permitiam, era comum ver homens tocando veneno para eliminar o mato, mas reconhece que a prática causava riscos à saúde.
O auxiliar administrativo Wolfgang Johann Mehl, 18, que transita diariamente de bicicleta pela ciclovia, confirma que esse ano ainda não viu roçagem no trajeto. “Já vi até uma cobra saindo do mato para a ciclovia. E depois das 20h, é perigoso com esse mato todo e a pouca luz”, observa o jovem.
A assessoria de imprensa da Rumo ALL, empresa responsável pela linha férrea e pela limpeza no entorno dos trilhos, foi procurada pela reportagem na segunda-feira (25) mas até a tarde de ontem (27) não se manifestou sobre a situação.
Matagal que tomou conta do trilho que corta a rua Domingos Sanzon preocupa moradores
e os que passam pelo local | Foto Rafael Verch/OCP