Trabalhadores da rede pública de SC decidem pela paralisação das aulas presenciais

Por: OCP News Criciúma

08/03/2021 - 18:03 - Atualizada em: 08/03/2021 - 18:46

Em assembleia organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública Estadual de Santa Catarina (Sinte), nesta segunda-feira, os trabalhadores (as) deliberaram pela paralisação das aulas presenciais e seguirão as aulas de forma on-line. A decisão partiu depois dos crescentes casos positivos de Covid-19 na comunidade escolar da rede pública estadual.

Conforme observou o Sinte, Santa Catarina vive um colapso na saúde. Hospitais lotados, sem vagas nas UTI’s e alguns prefeitos começam a tomar medidas mais drásticas de lockdown para tentar conter o crescente número de infectados pela Covid-19.

“Paralelo a este cenário desesperador, acompanhamos o governador Moisés, seguindo a política negacionista de Bolsonaro, expondo os trabalhadores da educação, estudantes e familiares ao risco de contrair o coronavírus com a manutenção das aulas presenciais”, criticaram em nota.

Segundo o Sindicato, as escolas estaduais não possuem estrutura para garantir as definições dos Planos de Contingências (Plancon). Denúncias de falta de segurança sanitária estão sendo flagradas em todo o estado, aulas estão sendo suspensas com casos suspeitos entre estudantes e profissionais, bem como casos confirmados e profissionais até hospitalizados.

“É urgente que o Estado tome uma medida em defesa da vida da população. Por isso, os trabalhadores da educação não retornarão às escolas e continuarão as aulas de forma on-line”, acrescentaram.

A mobilização cobra que o Governo do Estado zele pela vida da população e interrompa imediatamente as aulas presenciais, além de garantir a vacinação de todos os trabalhadores da educação, bem como a continuidade da vacinação da população idosa e do grupo de risco.

“As aulas on-line começam nesta terça com aplicativos alternativos, até que Moisés libere os aplicativos oficiais do Governo do Estado. Não vamos aceitar desrespeito com as nossas vidas”, concluíram os representantes do Sinte.