Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (21) os trabalhadores da Comcap entraram em greve por tempo indeterminado contra o que consideram “o projeto privatista do prefeito Gean Loureiro”.
A categoria exige a retirada dos editais que terceirizam as funções da Comcap, o cumprimento da decisão judicial que proíbe a terceirização e a saída imediata da Amazon Fort de Florianópolis, empresa contratada pela prefeitura para fazer o recolhimento do lixo nas regiões Continental e Norte da Ilha.
Em nota, o Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços Públicos Municipal) destaca que “a Comcap atua há 50 anos em Florianópolis e transformou nossa cidade em uma referência na limpeza urbana”.
Ainda de acordo com o sindicato “sobram denúncias de irregularidades trabalhistas e ambientais. O Sintrasem já flagrou garis de chinelo, caminhões despejando chorume na rua, transbordo de lixo em meio a casas”.
Sobre os custos do processo, o Sintrasem publica: “Como se isso não fosse suficiente, já está provado que o serviço terceirizado não é mais barato. Mesmo economizando às custas dos direitos dos trabalhadores, a empresa privada faz menos funções que a Comcap e já recebeu diversos aditivos no contrato”.
Nesta segunda-feira (21), os trabalhadores da Comcap realizaram um ato no Norte da Ilha e, segundo o sindicato, “receberam grande apoio da população, distribuindo milhares de cartas abertas e entregando outras milhares nas caixas de correio, recebendo aplausos e buzinaços”.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura Municipal de Florianópolis emitiu nota no final da manhã onde lamenta a decisão da categoria. Confira:
“A Prefeitura de Florianópolis lamenta informar que mais uma vez o sindicato municipal paralisou a coleta de lixo da cidade e a Comcap entrou em greve. Nos últimos 2 anos, foram 13 assembleias, 5 greves e 21 dias paralisados. As regiões do Norte da Ilha e do Continente permanecem com a coleta de resíduos normal, já que possuem uma empresa privada, com um custo de metade do valor que era pago à Comcap. As demais regiões, o município já está trabalhando na contratação de novas equipes. A Procuradoria de Florianópolis também está ingressando na justiça para declarar a ilegalidade da greve, já que não possui nenhuma justificativa legal”.