Um evento dedicado a agradecer e homenagear. Empresas e instituições apoiadoras do programa Eu Voluntário em 2021, da Fiesc, e parceiras do programa Novos Caminhos do TJSC receberam o selo Empresa Cidadã – um reconhecimento por todo o trabalho dedicado em prol de entidades que atuam nos serviços de acolhimento de jovens e crianças na região Norte de Santa Catarina.
A cerimônia ocorreu de maneira híbrida, com colaboração de Joinville, Jaraguá do Sul e Florianópolis. Cerca de 600 catarinenses foram reconhecidos pela entidade por atuarem como voluntários em projetos sociais de todo o Estado.
Na transmissão, o desembargador Sérgio Izidoro Heil, coordenador estadual da Infância e Juventude (CEIJ) do TJSC, relembrou a trajetória do Novos Caminhos, iniciada em 2013 e que hoje atende mais de 800 jovens com idades entre 14 e 18 anos em cerca de 211 entidades. Heil reiterou o pedido de mais engajamento do empresariado na causa.
“Esses jovens e crianças são originários de lares desfeitos, órfãos e muitas vezes vítimas de violência que, transitado o processo de poder familiar, são encaminhadas para adoção. Porém, aqueles que não encontram uma nova família permanecem nas casas de acolhimento até a maioridade, sendo posteriormente desligados. A alternativa antes do Novos Caminhos se restringia ou a devolvê-los aos lares de origem, ou a entregá-los à própria sorte. Porém, a partir da instauração do programa modificou-se esta situação de abandono, pois ele se propôs a capacitá-los profissional e emocionalmente, tornando-os aptos e independentes para uma vida digna e participativa na sociedade civil”, destaca.
O presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses, Marcelo Pizolati, ressaltou a importância do envolvimento das instituições em ações sociais,
“O programa Novos Caminhos é uma iniciativa consagrada. Parabenizo a Fiesc pelo Eu Voluntário. Temos uma responsabilidade social muito grande e, na medida em que conduzimos instituições de importância estratégica, temos o dever de contribuir. Creio que esses programas têm o papel de trazer algo de bom a todos os envolvidos e viabilizar o ingresso dos acolhidos na sociedade”, acentua.
O juiz da infância Márcio Renê Rocha, representante do programa Novos Caminhos em Joinville, participou da entrega dos primeiros kits do projeto “Retalhos do Bem” para as instituições de acolhimento da região.
Trata-se da ideia de reaproveitar sobras de tecidos de poliéster da indústria têxtil na confecção de fronhas e lençóis, uma iniciativa que segundo a coordenadora das Casas Lares de Abdon Batista, Anna Paula Kegel, é de extrema importância.
“Ações como essa são fundamentais para a manutenção de nossos serviços. Quando as crianças/adolescentes chegam até os lares, estão desprovidos de qualquer pertence, então precisamos providenciar tudo. Essa parceria auxilia na aquisição desse enxoval, na retomada da autoestima deles. Além do mais, sabemos que os itens produzidos pelos voluntários são feitos com muito carinho, e isso também é transmitido”, ressalta.
Em Jaraguá do Sul, a juíza da Vara da Família, Infância e Juventude, Idoso, Órfãos e Sucessões, Daniela Fernandes Dias Morelli, participou da solenidade presencialmente, agradeceu a adesão das empresas, o empenho e a dedicação responsáveis pelo sucesso do Novos Caminhos.
“Quando um adolescente chega a uma instituição de acolhimento, o trabalho da equipe volta-se para o que chamamos de reconstrução, a fim de que haja o efetivo rompimento de um ciclo de vulnerabilidades. Trabalha-se com a ideia de que o futuro daquele adolescente não depende de seu passado marcado por todos os tipos de violências, negligências,