A informação que circula na internet de que um teste experimental para reduzir o número de mosquitos na cidade de Jacobina, na Bahia, liberando mosquitos geneticamente modificados, não passa de um rumor.
A fake news afirma que traços dos insetos mutantes foram detectados na população natural de mosquitos. Segundo a empresa Oxitec, responsável pela iniciativa, o projeto, na verdade, foi bem-sucedido.
Mosquitos OX513A foram liberados durante 117 semanas e resultaram na supressão contínua das populações de Aedes aegypti nas áreas tratadas, totalizando uma redução de 94% na população de mosquitos, durante o experimento.
A empresa também declara que os resultados demonstram que a técnica requer uma liberação contínua nas áreas tratadas. A linhagem OX513 desaparece do ambiente algumas semanas após a interrupção das liberações.
Funcionaria como um inseticida, mas com um processo biológico: enquanto você aplica, vê o efeito. Se parar de usar, os mosquitos voltam.
Além disso, segundo a Oxitec, o efeito de supressão populacional não é imediato: é preciso liberar continuamente por aproximadamente um ano para que se possa começar a controlar a população.
“Foram 14 anos de pesquisas antes do ensaio de campo em Jacobina. No local, foram 36 semanas de estudos antes da liberação dos mosquitos. Sendo assim, é um equívoco afirmar que a liberação foi precipitada – principalmente se a afirmação vier de concorrentes, com interesses comerciais contra o estudo”, afirma a nota oficial da empresa.
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