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Só 10%? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

14/08/2023 - 06:08

Claro que as coisas vão e voltam, Eva já dizia isso a Adão no paraíso. Mas o que tem que ficar claro na nossa cabeça é que essa história de “o que é já foi e o que foi será” precisa ser bem entendida. O que foi será outra vez? Sim, voltará, será outra vez, mas voltará em outras circunstâncias, momentos e a envolver pessoas diferentes. Nada na vida se repete por igual. Digo isso, leitora, para citar, outra vez, uma frase da linda Clarice Lispector, ô, que mulher! Ela um dia escreveu num dos seus livros: – “Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam”. Muitos podem pensar que é uma frase literária, de romance, uma fantasia, pode ser, mas… A frase é muito veraz. Aquilo no que cremos, cuidado, vai se materializar, de um modo ou de outro, queiramos ou não, tenhamos consciência ou não. Vou dizer a que venho. Há pouco ouvi, novamente, uma palestrante americana, Louise Hay, dizendo uma obviedade, ela visava a passar energia e fé às pessoas existencialmente encrencadas. Pessoas doentes, por exemplo. Ela enfatizava o poder, a força da fé na cura de qualquer moléstia, de qualquer, sem exceção. Não existe doença incurável, isso Adão já dizia a Eva quando Eva se queixava de azia depois de comer uvas no paraíso… A verdade é que todas as doenças são curáveis e segundo pesquisadores antigos e atuais o poder de cura dos remédios não passa de 10% na melhora de pacientes. O mais vem da cabeça consciente pela fé ou pela fé inconsciente, mas vivida pelo doente. É estranho, mas são poucas as pessoas que querem curar-se de seus males. Freud falava muito disso, mas não era dele essa verdade, era da história dos povos ao longo do tempo. Desde sempre. A personagem da Clarice Lispector via anjos porque acreditava em anjos. Quando temos fé ninguém nos segura em nada. O grande problema é que todos temos fé, muita fé… Da boca para fora. Pensamos que enganamos os “anjos” com essa fé de beira de estrada, não enganamos. Os laboratórios jamais vão admitir que os seus poderosos (?) medicamentos só curam 10% das enfermidades que andam por aí. E ainda curam quando a pessoa se permite a cura. Não é por outra razão que existe a Psiquiatria…

FIGURAS

Há um desrespeito pela Psicologia nunca antes visto. Há pouco acabei de ver as imagens de uma “treinadora mental” anunciando poucas e boas para a vida das pessoas que a procurarem. Jovem, beiços “trabalhados”, anunciando-se como mais uma das tantas que andam por ai, neuromotivadoras, tolas que se improvisam psicólogas e passam a perna nos trouxas. Experiência longa, diploma de qualidade, mínimo de cinco anos, vida e muita sensibilidade, fora disso é arapuca bem-vestida. Que os desatentos acordem!

SE

Se as empresas, todo tipo de empresa, não tiverem no mínimo 50% do seu quadro de funcionários com pessoas acima dos 45 anos vai ser difícil uma produtividade de qualidade e competitiva. Apostar só nas aparências, nos jovenzinhos sem vida nem os talentos gerados pelas vivências, apostar nos “mais baratos” é fria na certa. Etarismo em empresa que quer crescer ou se acha grande é uma baita furada. Certo? Acho bom.

FALTA DIZER

Não sei se faço, não sei vai dar certo, hummm…! Se a ideia, o sonho, o projeto, se alinhar com seus talentos potenciais e uma vontade imensa, se tudo estiver dentro dos trilhos da lei e da decência é tocar em frente, mandar ver e ver. Vai dar certo. Faça!

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.