Servidores rejeitam proposta da Prefeitura e greve continua em Florianópolis

Foto: Ewaldo Willerding

Por: Schirlei Alves

04/05/2018 - 17:05 - Atualizada em: 06/05/2018 - 08:13

Em assembleia que ocorreu na tarde desta sexta-feira (04), na Praça Tancredo Neves, os servidores não aceitaram a proposta da Prefeitura de Florianópolis e decidiram continuar com a greve que completa 23 dias. Após a votação, os trabalhadores seguiram em passeata até a sede do governo Municipal.

Segundo o Sintrasem, a proposta ignora a pauta de reivindicações da categoria referentes à data-base 2018. Uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento foi marcado para segunda-feira (07), às 13h30min.

“Com proposta de corte de salários, reajuste sem previsão de pagamento e a continuidade da implantação das OS no serviço público, Gean ignora a mobilização dos trabalhadores e dá às costas para quem trabalha diariamente no atendimento à população”, manifestou o sindicato.

A pauta dos trabalhadores reivindica melhores condições de trabalho, saúde e segurança; resoluções envolvendo a previdência; reposição de direitos que envolvem horas extras e licenças; readequação de cargos e correção de desvios de função. Questões correspondentes aos serviços de assistência social e educação completam a pauta. Um dos quesitos mais polêmicos é o pedido de retirada da lei “Creche e Saúde Já”, aprovada às pressas e que permite a terceirização do serviço público.

Com a condição de que o servidor retornasse ao trabalho na segunda, a Prefeitura propôs gerar uma folha complementar pagando o salário de abril integral. Porém, haveria um desconto de cinco dias que seria parcelado mensalmente nos próximos cinco meses, a partir de maio. O restante, seria compensado com reposição, sem afetar o ano letivo no caso da educação.

Além disso, os valores gerados pela multa aplicada ao sindicato, de R$ 100 mil por dia, seriam investidos, segundo a proposta, em viagens de estudo e pesquisa para os estudantes da rede municipal de ensino e capacitação dos servidores.

Em relação à data-base, a Prefeitura sugeriu a reposição da inflação, parcelado em dois meses, condicionados ao limite prudencial com a folha de pagamento. No vale-alimentação, o município aumentaria 5% no próximo mês.

O Executivo prometeu iniciar pagamento das promoções, mas de acordo com o limite prudencial. A verba prevista para iniciar o pagamento seria de R$ 100 mil por mês.

“Diante da impossibilidade de um acordo com os representantes da categoria, mesmo diante de inúmeros avanços nas demandas apresentadas, o executivo busca dialogar diretamente com os servidores”, divulgou a Prefeitura.

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