SC sofre com a falta de leitos em UTI’S para crianças

Por: OCP News Criciúma

16/05/2022 - 12:05 - Atualizada em: 16/05/2022 - 12:46

A atual crise de oferta de leitos nas UTIs infantis do Estado gera preocupação em diversas famílias que estão na fila de espera por um leito. A situação já vinha sendo difícil e agora chegou ao ponto de não ter mais nenhum leito disponível na rede pública estadual.

 

Com o filho esperando vaga na UTI, a influencer digital, Marília Gabriela Furlan, usou suas redes sociais para relatar o problema. Caetano, de apenas dois meses, sofre de bronquiolite e precisou de um leito de UTI, como no SUS não havia nenhum disponível a mãe não teve opções a não ser procurar atendimento particular.

 

“No sábado demos entrada em um hospital particular e logo o Caetano já foi levado para a UTI e entubado. O custo diário da internação é 10 mil reais e já pagamos adiantado o valor de 22 mil reais”, explicou a mãe.

 

Caetanos de dois meses sofre de bronquiolite.

 

A secretária de Estado da Saúde disse em nota que os custos da internação do menino serão cobertos até que seja realizada a transferência para o sistema público.

 

Antes do pronunicamento do Estado, Marília realizou uma Vakinha Online para custear as diárias no hospital particular. A influencer pede para que a população continue contribuindo para que esse dinheiro possa também ajudar outras mães que passam pelo mesmo problema. “Caso o meu filho não precise desse dinheiro, vamos usá-lo para ajudar outras crianças que precise”.

Link para a Vakinha Online do Caetano

Aldo Luiz Francisco Neto, de um ano e seis meses, é outra criança que precisa de um leito de UTI pediátrica. O menino caiu da cadeirinha na noite de sábado e bateu a cabeça. Ele foi levado ao Hospital São José, está entubado, com sonda e precisa com urgência de uma vaga em UTI.

Camila Silvestri Nunes, madrinha do menino, disse que não existe a possibilidade de a criança ser transferida para um hospital particular.

“A princípio não existe a possibilidade de o Aldo ser transferido pois não há vaga disponível lá também” explica Camila.

 

Aldo, de um ano e seis meses, junto com o seus pais.

 

Camila informa que a família também realizou uma Vakinha Online para ajudar no tratamento do menino. “O dinheiro não usado por ele, será repassado a outras crianças que precisem de ajuda”.

Link para a Vakinha Online do Aldo: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/todos-pelo-aldo

 

Em contato com a comunicação do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, nos foi comunicado que não há vagas na UTI pediátrica há um bom tempo.

“Nossa UTI NEO conta com doze leitos físicos, sendo, sete de UTI NEO tipo III (atendem a pacientes que necessitam de nível de atenção muito alto)
e três de UTI PEDIÀTRICA tipo III; + 2 DE CONVENIOS e todas estão lotadas”, disse o hospital em nota.

A reportagem do OCP News entrou em contato com a Direção do Hospital Materno Infantil de Santa Catarina, mas não obtivemos sucesso.

 

Nota do Governo do Estado da Saúde de Santa Catarina sobre a demanda por leitos pediátricos:

O Governo do Estado de Santa Catarina está empenhado em garantir o atendimento pleno aos pacientes pediátricos. Diante do momento sazonal, com casos de doenças respiratórias, há grande demanda de leitos hospitalares infantis, causando uma sobrecarga no sistema de saúde.

Desde o início deste ano, através da Secretaria de Estado da Saúde, há um trabalho dedicado à ampliação dos leitos, não apenas os de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), bem como dos leitos clínicos de retaguarda. Da mesma forma, as equipes das unidades de saúde, vem desenvolvendo fluxos de rotatividade dos pacientes, promovendo, sempre que possível, uma redução no tempo de permanência nas UTIs.

Ainda no conjunto de ações, a SES, através da Central Estadual de Regulação de Internações Hospitalares (CERIH) está realizando a busca por leitos nos sistemas privados, para contratação. Esta busca também está sendo realizada em estados vizinhos, para caso necessário, seja feita a transferência dos pacientes. Lembrando que estas transferências devem respeitar os protocolos de gravidade, visando a segurança na movimentação do paciente.

Vale ressaltar que até o momento, os pacientes estão sendo absorvidos pelo sistema no Estado e que todos estão sendo assistidos de forma plena.

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