Projeto da escola Cristina Marcatto incentiva alunos autistas a dividirem experiências

Por: Elissandro Sutil

20/09/2019 - 05:09 - Atualizada em: 20/09/2019 - 11:17

O ensinamento de gêneros textuais nas aulas de língua portuguesa na escola municipal Cristina Marcatto foram bem além da teoria.

Incentivados pela professora Leuzicléia Duarte, estudantes com deficiências poderão compartilhar histórias, depoimentos e outros conteúdos produzidos por eles em veículos de comunicação, como o OCP, parceiro do projeto e maior apoiador.

A proposta foi apresentada no Movimento Jaraguá em Ciência. Leuzicléia explica que a ideia surgiu enquanto trabalhava como escrever uma reportagem com a turma do nono ano do ensino fundamental.

Cerca de 7 mil visitantes passaram pelo 2º Movimento Jaraguá em Ciência, que reuniu duas feiras municipais e uma nacional durante essa semana, na Arena Jaraguá.

A informação é do diretor de Ensino/Secretaria de Educação, Antonio de Souza Junior, destacando que outras 1,3 mil pessoas – entre expositores e membros da organização – estiveram envolvidas diretamente na execução do evento.

“Tenho dois alunos autistas e tive que adaptar as atividades para eles de uma forma que também fosse real e não ficasse só na teoria”, avalia.

A professora destaca que o principal objetivo do projeto é promover a inclusão dos alunos na produção de textos.

Os estudantes vão escrever depoimentos, fazer desenhos, contar experiências de vida e dizer como se sentem dentro da sociedade. O material será publicado no OCP, que foi base de pesquisa para o projeto, mas também se estenderá para outras mídias e eventos.

Segundo a professora, os dois alunos estão animados com o desafio. “Precisamos trabalhar em equipe, o restante da turma também tem que ter empatia com eles e respeitar as diferenças”, comenta.

Confira os depoimentos dos alunos sobre a participação no Movimenta Jaraguá

“Foi muito interessante participar, apresentamos o projeto a cada pessoa que chegava, tivemos que nos esforçar, mas um mundo sem dificuldades não existe, mas seria maravilhoso se existisse”, Leandro Stinghen, 9º03.

 

“Participar de uma feira de Ciências foi algo emocionante. Recebemos toda a atenção, tive que me esforçar para apresentar bem. Valeu a pena quando fui chamado par receber a medalha e o troféu”, Guilherme Costa Pellis, 9º03.

 

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