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Pesquisa diagnóstica do idoso traz desafios ao poder público de Jaraguá do Sul

Foto: Divulgação PMJS

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

10/02/2022 - 07:02 - Atualizada em: 10/02/2022 - 08:09

O Diagnóstico da População Idosa, finalizado no mês passado e executado pela Unisociesc de Jaraguá do Sul, ainda será detalhado à população jaraguaense, em etapas. Nessa etapa, a Secretaria de Assistência Social apresenta dados que desafiam o poder público com relação aos idosos que moram na cidade. Os temas “atividade física”, “nível de escolaridade”, “renda do idoso” e “necessidade de cuidador” exigem cada vez mais esforço conjunto do poder público.

Na pesquisa diagnóstica foi levantado o índice de 52% dos idosos entrevistados (de um total de 1.732 idosos) que não praticavam nenhuma atividade física.

“Isso é preocupante, idoso que não pratica atividade física tende a adoecer”, observou o secretário de Assistência Social e Habitação, André de Carvalho Ferreira.

Com o conhecimento desse índice, o secretário já planeja intensificar a oferta de atividades físicas para idosos, não só no Centro de Convivência, mas também em polos distribuídos nos bairros.

Outro aspecto que preocupa na pesquisa é o nível de escolaridade da maioria dos idosos entrevistados. Mais de metade deles estudaram só até a 4ª série primária, o que implica, muitas vezes, em dificuldade até para pegar um ônibus ou para usar um medicamento de forma correta.

“Queremos fomentar projetos para o Fundo do Idoso que contemplem a educação dos idosos, o que, com certeza, vai melhorar a qualidade de vida deles e da família que os rodeia”, adianta o secretário.

E não há como ter qualidade de vida sem renda. Outro índice desafiador para o poder público. Pouco menos de 55% dos homens idosos entrevistados ganham de um a três salários mínimos (de R$ 1.212 a R$ 3.636). Considerado pouco, para uma faixa etária que necessita mais de medicamentos e cuidados de saúde. A faixa de salário baixa quando se trata das mulheres idosas. A maioria delas ou não tem renda ou ganha até um salário mínimo. E a maioria desses idosos ajuda no sustento da família, filhos, netos.

O último aspecto analisado desta etapa é a necessidade de um cuidador e quem, efetivamente, cuida desse idoso. Mais de 10% dos idosos entrevistados precisa de cuidador e, desses 10%, 89% são cuidados por membros da família.

“É uma situação desafiadora, tanto para a família quanto para os equipamentos de assistência social e de saúde. Muitas vezes o filho ou familiar precisa sair do trabalho para cuidar do idoso acamado. E aí a renda da família diminui. E muitos outros aspectos familiares ficam comprometidos”, afirma o secretário.

Sabendo desses índices, a Secretaria de Assistência Social e Habitação pode trabalhar a família em grupos de convivência, com profissionais especializados, para amenizar as situações de vulnerabilidade e risco social dessas famílias.

 

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).