A Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) incluiu, pela primeira vez, Indaial na lista de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti – atualmente, 106 municípios catarinenses estão nesta situação. Somente neste ano, a cidade já contabiliza 98 focos do inseto.
“Para um município ser considerado infestado, a Vigilância Epidemiológica Estadual monitora o crescimento expressivo de focos positivos e a recorrência de focos no mesmo bairro. O maior número se concentra no bairro Nações, com 33 focos”, explica o responsável pelo Programa de Combate à Dengue Municipal, Eduardo Rafael Prim.
Com o objetivo de evitar uma epidemia, a Prefeitura de Indaial adotará uma nova estratégia de combate a partir de 1º de março, com a elaboração de um Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa).
O método é utilizado pelo Ministério da Saúde para medir o grau de infestação em que o município se encontra. O estudo demonstra, de forma rápida e por amostragem, a quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela.
“A atividade será realizada duas vezes por ano, nos meses de março e novembro, em cerca de 1.300 imóveis. Após coletar as amostras, vamos verificar no laboratório se as larvas são do Aedes aegypti. Conforme a quantidade, será visto em qual nível Indaial está: baixo, médio ou alto”, detalha o coordenador.
Enquanto essa atividade for desenvolvida, os agentes de endemias não farão as vistorias de rotina em pontos estratégicos e armadilhas. Portanto, a partir de segunda-feira (22), todas as armadilhas instaladas na cidade serão temporariamente desativadas. “O tratamento dos focos positivos já encontrados pelo Programa de Combate à Dengue será mantido normalmente”, informa Prim.
Casos positivos da doença
Em 2021, Indaial já registrou 11 pacientes com suspeita de dengue. “Seis deram resultados negativos e cinco positivos, do qual um foi considerado autóctone, ou seja, contraiu o vírus em Indaial”, comenta Eduardo.
Ao ser infectado, os sintomas mais comuns são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. A doença pode evoluir para uma forma mais grave e ocasionar sangramento na pele, mucosas, órgãos internos e até levar à morte.
Como prevenir a proliferação do mosquito?
- Evite usar pratos nos vasos de plantas – se usar, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo, uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Limpe as calhas, evitado que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
- Dê descarga, no mínimo, uma vez por semana em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
- Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.